O governador Cid Gomes e o vice-governador Domingos Filho, em um dos eventos oficiais, antes da decisão de ficar no Governo
FOTO: KLEBER ALVES GONÇALVES
O governador Cid Gomes disse à reportagem do Diário do Nordeste, no último sábado, que vai manter o calendário que estabeleceu para a escolha do candidato a governador. Quem precisa partir na frente é a oposição, disse o governador. "O que é que eu tenho a ganhar lançando um candidato agora. Quem são os candidatos da oposição é Roberto Pessoa e Tasso ou Eunício e Tasso"?
Cid retribuiu a visita que o vice-governador Domingos Filho o fez, sábado, na hora do almoço e à noite do mesmo dia foi ao distrito de Marrecos, em Tauá, onde Domingos Filho recebia convidados para o aniversário de Domingos Neto, como o governador, aniversariantes de ontem, domingo.
Cid demorou pouco mais de uma hora na propriedade de Domingos Filho, o suficiente, porém, para ouvir cantarem os parabéns, antecipadamente, para ele e o deputado Domingos Neto, cortar o bolo e conferir o prestígio do seu vice-governador que reunia, na oportunidade, um bom grupo de vereadores e prefeitos da região, além de vários deputados estaduais, federais e os três senadores cearenses: Eunício Oliveira, Inácio Arruda e José Pimentel.
O governador chegou ao local com o presidente da Assembleia, deputado José Albuquerque, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, o prefeito de Sobral, Clodoveu Arruda e o ex-ministro Leônidas Cristino. Eles todos estavam em Sobral e para lá voltaram após a visita a Tauá.
Comemorados
Domingos Filho foi almoçar com Cid e outros aliados do governador, sábado, acompanhado do filho, deputado federal Domingos Neto. Não houve conversa sobre política entre eles nem no encontro em Sobral, nem em Tauá, mas os dois encontros foram comemorados por defensores da pré-candidatura de Domingos Filho ao Governo, como uma demonstração de não ter ficado resquícios de divergências entre eles após as conversas, do início deste mês, que resultaram na decisão do governador de permanecer no cargo até o fim do seu mandato, tornando inelegível o seu o irmão Ciro.
Cid, nas entrevistas que concedeu em Tauá fez questão de destacar a relação de amizades entre ele e o vice. Ressaltou que a escolha do candidato à sua sucessão vai demandar ainda alguns dias (o limite é o mês de junho, quando terão de acontecer as convenções partidárias para homologação das candidaturas).
Lembrou que são três vagas na chapa majoritária que estão na disputa: governador, vice e senador, e que os partidos aliados estão apresentando vários nomes para essas posições. Ele não explicitou qual será o critério da escolha.
Dos que querem ser candidato a governador, só Mauro Filho não esteve em Tauá. Ele guarda repouso de uma cirurgia realizada na última semana. Os demais, Domingos Filho, o anfitrião, Eunício Oliveira, José Albuquerque e Leônidas Cristino ficaram sempre pertos do governador, enquanto políticos procuravam os jornalistas para especularem sobre o encontro.
Perda
O governador, embora perguntado, nada adiantou sobre os próximos passos da sua sucessão na base governista, mas repetiu não ter pressa em definir o candidato, muito menos de perdas em razão do que alguns consideram demora. Segundo ele, só se perde o que se tem. E se alguém resolver sair da base de apoio ao Governo é por que realmente não a integrava com o objetivo de defender aquele projeto político estabelecido pelo Governo.
A ausência mais notada no evento de sábado, promovido pelo governador Domingos Filho foi a do secretário de Saúde, Ciro Gomes. Como todos os que acompanharam o governador até Tauá, Ciro também estava em Sobral, no último sábado, onde esteve Domingos Filho. O secretário esteve fora do País, até a última semana, e agora retoma os contatos políticos.