As articulações que movimentam os bastidores da política com vista às eleições de 2014 ficam mais evidentes com a proximidade do período de convenções, marcado para junho próximo. Os holofotes sempre estão voltados para as grandes legendas - desde às que tem relação direta com o poder, como é o caso de Pros, PT, PMDB, até as siglas de oposição, como PSB, PR e PSDB. Mas os partidos de menor porte, conhecidos como “nanicos”, não perdem tempo e também se movimentam de olho na disputa de outubro.
No Ceará, um bloco partidário composto por sete legendas decidiu que vai marchar unido, formando uma única coligação. A aliança será composta por PSC, PTdoB, PMN, PTC, PPL, PTN e PEN, que articulam, entre si, a composição da lista de candidatos para a disputa pelas vagas de deputados federais.
Nas últimas disputas, alguns partidos optaram por lançar candidatos próprios aos cargos majoritários. A intenção, agora, é unir as legendas e somar esforços para conquistar espaço na eleição proporcional, no intuito de tentar aumentar sua representatividade no Legislativo. Nenhuma das agremiações tem deputados eleitos pelo Ceará. A formação dessa frente é uma proposta que vem sendo defendida em outros estados e conta com o aval dos comandos nacionais dos partidos.
No Ceará, as pequenas agremiações se reúnem desde o ano passado para traçar as possíveis estratégias das alianças. O objetivo deles, segundo Wellington Sabóia, vereador e presidente estadual do PSC, é tentar eleger, pelo menos, três deputados federais. “Sabemos da nossa capacidade e representatividade. Sozinhos, não conseguiremos chegar a lugar nenhum, porém, aliados, poderemos fazer frente aos demais partidos e também buscar o nosso espaço, elegendo nossos representantes”, disse o parlamentar, citando, inclusive, alguns candidatos já indicados pelas legendas.
Ainda segundo Sabóia, para a disputa pelas vagas da Assembleia Legislativa, o PSC deve se lançar sozinho. Ou seja, coligação não será repetida na eleição para deputado estadual. O parlamentar lembra que o objetivo da legenda é eleger, assim como fez na Câmara de Fortaleza, “uma boa bancada”. O dirigente cita como prováveis candidatos, os vereadores Eulógio Neto e Benigno Junior, além de outros nomes aptos a se candidatarem.
GOVERNO E SENADO
Na disputa para o governo do Estado, as legendas devem adotar uma postura neutra. Wellington Sabóia descartou a possibilidade de o grupo ter candidato ao Senado da República e explica que aguarda o momento apropriado para apoiar o nome ao governo do Estado. Contudo, explicou que o apoio será informal, para que não prejudique as articulações do grupo de partidos. O parlamentar também evitou apontar sua preferência entre os nomes que já são citados como possíveis candidatos.