Após cinco dias de ocupação do hall da Assembleia Legislativa do Ceará, por professores, servidores e estudantes das universidades estaduais do Ceará (Uece, UVA, e Urca), um indicativo de realização de uma audiência pública, amanhã, para debater a autonomia e os orçamentos das instituições, foi garantido, ontem. A informação é do professor Pedro Silva, que integra a direção do Sindicato dos Docentes da Uece (Sinduece).
De acordo com Pedro, conforme diálogo estabelecido com a Mesa Diretora e com os deputados da Comissão de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da Casa, a audiência deverá ocorrer amanhã, às 14h, no Auditório Murilo Aguiar, na sede do parlamento estadual. Segundo o professor, o líder do Governo na Assembleia, deputado José Sarto (Pros) tem ciência do indicativo e consenso com a data definida.
Porém, a assessoria do deputado, ontem, não confirmou a definição da realização do evento para amanhã. Procurada pelo Jornal O Estado, a assessoria de comunicação do presidente da AL, Zezinho Albuquerque (Pros), até o início da noite de ontem, também não garantiu a confirmação da audiência.
Conforme o professor da Uece, Epitácio Macário, o dia de ontem na ocupação foi de mobilização e coleta de assinaturas para a campanha que apela ao governador Cid Gomes a abertura das negociações. Segundo o docente, os cerca de 68 manifestantes que estão ocupando o hall da Casa Legislativa receberam a visita e o apoio dos parlamentares federais Artur Bruno (PT) e Chico Lopes (PCdoB) e do vereador Acrísio Sena (PT).
Ainda de acordo com Epitácio, os grevistas reivindicam o cumprimento do acordo firmado na última quarta-feira (27), pelo presidente em exercício da Casa, o deputado Tin Gomes, que garantia a integridade física dos manifestantes, bem como o livre trânsito no prédio. Segundo estudantes e professores, durante o fim de semana, o acordo teria sido descumprido pelos policiais que fazem a segurança da AL.
Os grevistas dão conta ainda que, diante da falta de sinalização quanto à possível reunião pleiteada pelas categorias, com o governador, foi lançada uma campanha nacional e internacional de coleta de assinaturas para pressionar a ocorrência do encontro.