Rodrigo Porto Cavalcanti, professor doutor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e coordenador do Grupo de Pesquisa em Telecomunicações Sem Fio (GTEL) apresentou dados da evolução das reclamações, no qual o setor da telefonia móvel tem o maior índice. “A partir de 2009 passamos a vivenciar uma crise por conta dos planos agressivos de captação de usuários, o aumento do tempo médio das ligações e também do uso da internet móvel 3G, novos dispositivos e redes sociais. O que se observa é que há um número insuficiente de antenas de transmissão”, afirmou. 

O pesquisador informou ainda, de acordo com dados da Anatel, de outubro de 2013, que o Ceará é o sexto pior estado na concentração de linhas por assinantes. Rodrigo apresenta como “a esperança do momento” o 4G, gerando assim, a necessidade de mais banda larga para serviços de telefonia celular e uma maior infraestrutura.
O presidente da CPI, deputado Welington Landim (Pros), afirmou que as explanações do coordenador do GTEL foram mais claras do que as que foram passadas pelas operadoras a Casa (Oi e Tim) e até mesmo que a Anatel. “Está faltando investimentos por parte das operadoras”, criticou.

O parlamentar divulgou mais uma vez o portal da CPI, subdomínio no site da AL, (cpi.al.ce.gov.br) e informou que havia tido 420 acessos somente no decorrer do encontro. Welington ainda leu perguntas de internautas. “Na próxima sessão receberemos também perguntas dos consumidores por telefone e ouviremos a empresa de telefonia Claro”, informou.

O relator da CPI, deputado Fernando Hugo (SDD), concordou com a opinião do presidente da CPI e afirmou que “este foi o dia com maior produtividade”. Mais uma vez ele criticou a venda de chips pelas operadoras.

O deputado Delegado Cavalcante (PDT) entregou a Comissão um levantamento que mostra que as empresas estão reabilitando celulares roubados, furtados e perdidos. O documento será repassado para a assessoria jurídica da CPI. O objetivo é suplementar as investigações contra o patrimônio.

Estavam presentes também na reunião os deputados Professor Pinheiro (PT) e João Jaime (DEM), além dos professores doutores da UFC, Tarcísio Ferreira Maciel, Walter da Cruz Freitas Júnior, Yuri Carvalho Barbosa Silva e representantes da OAB-CE.
AP/LF