A licitação feita pelo Governo do Estado para a aquisição de 400 veículos que servirão de apoio para a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) foi, mais uma vez, contestada pelo deputado Heitor Férrer (PDT), na sessão ordinária de ontem. O líder do Governo, José Sarto (PROS), no entanto, explicou que o processo licitatório atendeu a todos os requisitos do edital e disse que a montadora vencedora atendeu ao principal requisito de custo-benefício.
"Todos ouviram eu parabenizar o Governo do Estado que havia feito um certame licitatório para 400 carros e tinha recepcionado a melhor proposta para o Governo e eu o elogiava por ele ter economizado R$ 10 milhões na aquisição desses veículos. Mero engano meu. O Governo, diabolicamente, de maneira dirigida a proteger e manter um esquema de sorvedouro de dinheiro público, desclassificou a melhor proposta para continuar nesse modelo diabólico e desavergonhado com a Newland", disse o pedetista.
O parlamentar afirmou que a montadora General Motors deu a melhor proposta com o melhor veículo e o Governo desclassificou tal empresa para pagar mais à Toyota, alegando que a cilindrada de tal montadora era de 3.0 e a da General, 2,8 cilindradas. "O carro trailblazer seria vitorioso e daria para comprar 63 carros a mais e o Governo modificou a cilindrada para 3. Eu me remonto a 2007 e 2008. Como os outros carros não tinham a tração para eliminar, a cilindrada era 2,7", disse, apresentando o edital das licitações passadas.
Montadoras
O líder do Governo, José Sarto, em contrapartida, afirmou que já em 2011, no edital de licitação daquele ano, foi solicitado 3.0 de cilindradas para os veículos a participarem do processo. Segundo ele, três montadoras atendem a especificação necessária para participarem do certame licitatório deste ano e não somente a Toyota.
"Todas essas três montadoras estão aptas a participarem da licitação porque acatam as especificidades. É claro que a correção preventiva e corretiva da Toyota é mais econômica. A Toyota ganhou no quesito preço porque todos os itens corretivos e preventivos são melhores. Eu não vejo que tenha havido direcionamento", relatou.
Ele lembrou ainda que os carros comprados já iniciam os trabalhos todos equipados para os serviços da Polícia. "Uma Hilux está hoje a R$ 178 mil e com as adaptações iria para R$ 210 e a proposta inicial da Toyota foi de R$ 184 para os 400 veículos. Mas certamente esse valor irá cair". Ele disse também que o Governo não direcionou e que, ao contrário, abriu o leque para outras empresas participarem.