Deputado Antônio Carlos pede apoio dos governistas para aprovar seu projeto, no sentido de melhorar a segurança bancária
FOTO: JOSÉ LEOMAR
A violência contra os usuários do sistema bancário é o motivo da defesa do deputado para aprovar o projeto
A situação de insegurança voltou a ser tema de discussão, ontem, na Assembleia Legislativa. O deputado Ely Aguiar (PSDC) criticou a Justiça pela soltura de pessoas condenadas por crimes hediondos e a ineficiência do Estatuto do Desarmamento. Já Antônio Carlos (PT) defendeu a aprovação de projeto que cria o Estatuto de Segurança Bancária do Estado para impedir o aumento das ações contra agências bancárias no Ceará.
O petista denominou de "assustadores" os índices de assaltos a bancos no Ceará, visto que as ações contra bancos e caixas eletrônicos registrado em 2013, já superam todos os números registrados em 2011. "São ações que acontecem não somente à noite, e as pessoas ficam apavoradas. Tem cidade que passa até três meses para conseguir recuperar a sua agência", disse. Na Câmara Municipal de Fortaleza, a mesma questão é levantada pelo vereador Acrísio Sena.
Segundo Antônio Carlos existe uma expectativa muito grande com o desempenho do novo secretário de Segurança e Defesa Social do Estado, Servilho Paiva, na diminuição desses dados, mas a situação é preocupante. "Nós estamos vivendo um momento na história do Ceará de grande dificuldade na área da segurança. Eu não digo que não há uma ação do Governo, mas o que queremos é que possa ser intensificada".
Pânico
Ele voltou a defender a aprovação de seu projeto, que trata do Estatuto da Segurança Bancária no Ceará, em que, segundo disse, deverá ter o apoio de governistas e opositores na Casa. "É fato, é cabal e de conhecimento de todo o povo do Ceará que os números são realmente danosos e graves para a nossa população. Realmente estamos vivendo um pânico entre a população. Eu tenho certeza que até o Governo e sua maioria não vai ser contra essa Lei porque ela não trata contra o Governo e se refere às ações dos donos de bancos", apontou.
Já Ely Aguiar voltou a criticar o aumento da insegurança no Estado e lembrou o caso de um taxista que foi assassinado quando conduzia em seu veículo duas passageiras na avenida Francisco Sá. Conforme informou o crime ocorreu porque dias anteriores ao pegar um passageiro, o taxista solicitou a revista policial de tal passageiro que estava com uma arma da Policia. "Esse criminoso já havia matado uma pessoa e já estava em liberdade. Que Justiça é essa? O que passa pela cabeça dos aplicadores da Lei no Estado do Ceará e no Brasil?", questionou.
Endurecer
Segundo disse, o Estatuto do Desarmamento surgiu como um "alívio" para a população brasileira, mas ressaltou que o Supremo Tribunal Federal (STF), "que deveria colaborar e endurecer para que isso prevaleça pelo bem da população brasileira, definiu a inconstitucionalidade de parte do Estatuto", lamentou.
Conforme informou, centenas de milhares de pessoas que respondem por crimes hediondos no Brasil ainda estão em liberdade. "Se a Lei brasileira não fosse tão vagabunda, esse indivíduo não estaria em liberdade. Nós estamos perto das eleições para escolher os deputados e não existe nenhum movimento pedindo a prisão perpétua. Para ele, os novos congressistas deveriam se comprometer com a aprovação de uma lei instituindo a prisão perpétua no País.
"Por que esse bandido estava em liberdade? Que Justiça é essa que ninguém tem coragem de abrir a boca para dizer que essa Justiça não funciona? Um País não avança somente com políticas sociais, mas também quando protege o cidadão de bem. A nossa Polícia perdeu o poder de Polícia garantido pela Constituição brasileira e nossas forças armadas estão sucateadas", reclamou Ely Aguiar.