“Problemas com habitação, trânsito, transporte, segurança, lazer, urbanismo, preservação ambiental, entre outros, têm deteriorado a qualidade de vida da população dos centros urbanos”, afirma a deputada Eliane Novais (PSB). A parlamentar observa que costuma frequentar praças. “Acredito que, quando preservadas e com opções de lazer e utilização, as praças são de fundamental importância para o bem-estar social”, declarou.
Para o líder do Governo na Assembleia, deputado José Sarto (PSB), é preciso continuar investindo na requalificação com a reforma e iluminação das praças. De acordo com ele, o governo Cid Gomes tem construído praças em todo o Estado, por meio de diversos projetos executados pela Secretaria das Cidades. Como exemplo, o parlamentar cita o “Praças da Copa”, que contempla as principais cidades das 14 macrorregiões do Estado, com área de 10 mil metros quadrados, sistema de iluminação e estacionamento.
Em Fortaleza, Sarto destaca a requalificação da Praça Luiza Távora, que, desde 2011, conta com equipamentos de ginástica acessíveis, pista de skate, além da fábrica para produção de livros em Braille e um café. “Não há um dia sequer que essa praça não esteja repleta de crianças brincando, jovens e idosos praticando esportes e turistas conhecendo nosso artesanato”, afirmou.
Para o deputado Heitor Férrer (PDT), a enquete remete a duas questões: o projeto urbano e a segurança pública. “Fortaleza é uma cidade de poucas praças, e as existentes ainda se encontram em estado precário de conservação, salvo raras exceções. Quando há áreas para lazer em bom estado e com um policiamento minimamente eficiente, a população se utiliza desses espaços”, acredita o deputado.
Heitor observa ainda que se as pessoas atualmente procuram shoppings para passear não é como uma opção, mas é o reflexo da falta de alternativa imposta pelo Poder Público, que abandona o cidadão à própria sorte. “Os espaços privados passam a ser os únicos acessíveis a uma grande parcela da população que não dispõe de praças perto de suas moradias, ou não se sentem seguros o suficiente para arriscar-se nos recintos abertos”, afirmou.
De acordo com Fausto Nilo, arquiteto, urbanista e compositor, para existir uma boa relação com a praça é preciso de uma densidade de moradores em seu entorno. Fausto deu como exemplo uma praça localizada no bairro Papicu, da qual os moradores tomam conta e que é muito frequentada. “Ali tem uma grande quantidade de prédios em volta”, justifica.
O urbanista também aborda a questão da segurança como motivo para a população preferir os shoppings. “Antes da polícia, a segurança é feita pelo olho da comunidade. Por isso, as pessoas preferem locais que estão cheios, como os shoppings”, justifica.
HS/AT
