Para a parlamentar, o massacre praticado contra a mulher caririense exige do Estado políticas públicas eficientes. “Os índices são assustadores e exigem medidas de contenção. É preciso fortalecer os equipamentos, para que as  mulheres possam expor suas situações e denunciar a violência em todos os aspectos. É um direito de todas as mulheres que vêm conquistando a independência e espaços, como a tribuna da Assembleia”, observou.

A deputada destacou que, apesar dos avanços registrados na sociedade, em relação às mulheres, há ainda o império de uma cultura machista, ”que precisa ser afastada de nossa sociedade”. Segundo ela, as mulheres precisam ser as protagonistas de suas políticas positivas. “Se a mulher é capaz de parir um político é também capaz de parir políticas públicas para todos os brasileiros”, acentuou.

Ana Paula ressaltou que é necessário imprimir mais velocidade na implementação de políticas voltadas às mulheres. “Somos convidados a mudar comportamentos para redundar em revolução cultural, vencendo desigualdades. É necessário debate e reflexão sobre a condição da mulher em nossa sociedade, pois algumas formas de desvalorização ainda persistem em nossa sociedade, como salários diferenciados para as mesmas funções.

Conforme observou a deputada, já se registram mulheres nos mais altos postos dos poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário. Mas, ao mesmo tempo, o espaço para os sexo feminino é também delimitado em diversos setores, por questões culturais. “Por tudo e apesar de tudo, ninguém mais que as mulheres merecem ser reconhecidas como cidadãs de pleno direito. As oportunidades entre homens e mulheres deveriam ser um componente essencial da democracia brasileira”, frisou.

Para Ana Paula, é necessário não apenas mudar as leis e políticas, mas também as percepções humanas, valores e comportamentos.  “As mulheres tiveram coragem de correr riscos. Vamos mudar ainda mais essa realidade. Somos persistentes com nossos sonhos pessoais. Temos consciência que poderemos avaliar com exatidão as nossas possibilidades. Para amar é preciso ser livre. Com esse pensamento é que nós mulheres enfrentamos a ira dos dominadores”, avisou.

Em aparte, o deputado Ferreira Aragão (PDT) externou que tem carinho e apreço a todas as mulheres. “A mulher é a razão da nossa vida. Todo o dia é dia da mulher. Ela tem conseguido espaço, mas a sociedade está ainda longe de reconhecer o espaço que ela merece. Na prática, a mulher continua maltratada por gente que não reconhece a maravilha que é a mulher”, ressaltou.  
JS/CG