Para 32,6%, é preciso que os investimentos e financiamentos na utilização dessas fontes de energia sejam realizados pelo usuário individual. Apenas 4,3% das pessoas que responderam à enquete entendem que as hidrelétricas geram energia suficiente para atender a demanda da população e, portanto, não se deve investir em outras fontes.
O primeiro secretário da Casa, deputado Sérgio Aguiar (PSB), concorda com a maioria dos participantes. O parlamentar salientou que Governo do Estado e integrantes do setor estão buscando alternativas para massificar a produção de energias renováveis de pequeno porte. “A intenção do Poder Público é baratear a instalação dos equipamentos necessários. Esse estímulo vai levar, em breve, essa tecnologia renovável para as residências", afirmou.
Para o deputado Lula Morais (PCdoB), o investimento em energias alternativas é de extrema importância. “As energias eólica e solar devem ser aproveitadas, já que são matérias em abundância, além de limpas”, disse.
A deputada Eliane Novais (PSB) destacou que a utilização de fontes de energias renováveis são um dos pontos que precisam ser melhores aproveitados pelo Poder Público. “Na questão da energia solar, devemos pensar em modelos que tornem mais barato o acesso e o uso dessa tecnologia. Já na questão eólica, a nossa grande preocupação é com os impactos causados no meio ambiente, como a degradação das dunas e areias móveis”, disse.
A parlamentar ressaltou que o modelo de geração de energia por meio de combustíveis fósseis está se mostrando ultrapassado e altamente degradante. “Precisamos evoluir e trabalhar em função de um maior aproveitamento das fontes de energias renováveis e no acesso individual a essas novas tecnologias limpas”, salientou.
O pesquisador, cientista industrial e empresário Fernando Ximenes destacou a importância de se investir em energias renováveis. Segundo ele, as hidrelétricas são limitadas pelas potências hídricas e de turbinas, além de impactar o ambiente. “Mesmo com os reservatórios e bacias cheios, podemos ter insuficiências de abastecimento energético brasileiro por parte das hidrelétricas".
Já as termelétricas emitem dióxido de carbono (CO2), que é prejudicial ao meio ambiente haja vista que neste exato momento brasileiro estamos emitido 650 toneladas de CO2/hora (fumaça).
Fernando Ximenes destacou que o Brasil precisa investir em energias alternativas. “Os estudiosos, pesquisadores, o Governo e a maioria das pessoas são favoráveis às energias renováveis. Aqueles que acham que não precisamos de energias alternativas estão mal informados”, disse.
Segundo o cientista, enquanto a média mundial da eficiência eólica é de 30%, no Brasil, a média é de 44%. Já a média mundial da eficiência da energia solar é de 18% e, no Brasil, chega a 25%. “O nosso País tem plena condição de trabalhar com eólica e solar, fazendo como outros países que já estão investindo nessas fontes”, ressaltou.
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