Segundo justifica a deputada, o Ceará conta atualmente com 24 unidades operacionais, sendo 11 na Capital, duas na região metropolitana e 11 em municípios do Interior. “Dessa forma, muitas vezes, em caso de emergência, o deslocamento do corpo de bombeiros até o sinistro chega a mais de 150 km, o que impossibilita o socorro de emergência”, justifica.

De acordo com a parlamentar, apenas 11% das 5.568 cidades brasileiras possuíam ao menos uma unidade do Corpo de Bombeiros, conforme pesquisa encomendada pelo Governo Federal e coordenada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). “O número de bombeiros na ativa é menor do que padrões internacionais recomendam”, ressalta.

Ao citar dados do Ministério da Justiça e de governos estaduais, Fernanda Pessoa informa que, em 2011, eram 63 mil bombeiros no País (número não inclui o Rio Grande do Sul, por falta de informação). Enquanto o ideal seria de 190 mil profissionais.

No Brasil, acontecem, por ano, cerca de 200 mil incêndios de média e alta proporção. Cerca de 1.200 pessoas morrem anualmente em incêndios no País, em média. “Esse número considera apenas as vítimas que foram retiradas mortas pelos bombeiros e não inclui pessoas que morreram em hospitais”, acrescentou.

Fernanda Pessoa afirma que esses indicadores deixam claro que a quantidade de bombeiros é muito pequena para dar conta da quantidade de sinistros que acontecem no Brasil.

Consequentemente, as vistorias de segurança em redes comerciais são prejudicadas. Estamos longe, muito longe de atingir os padrões internacionais, que recomendam um bombeiro para cada mil habitantes.
LS/AT