A questão da falta de segurança voltou a ser tema de debate na sessão de ontem do Legislativo estadual
O Governo Federal e o Congresso Nacional não atenderam aos reclames das ruas. Essa foi a análise feita pelo deputado Vasques Landim (PR), ontem, durante seu pronunciamento na Assembleia Legislativa. Segundo disse, o aumento da violência, que deveria ser um tema amplamente debatido na esfera federal não entrou na pauta de discussões dos governantes do País.
O deputado Lucílvio Girão defende que o Estado ceda policiais às prefeituras para reduzir o índice de violência nos municípios cearenses Foto: Viviane pinheiro
O deputado Lucilvio Girão (PMDB), por outro lado, pediu apoio de todos os seus pares para aprovarem um Projeto de Lei de sua autoria que dispõe sobre a realização de convênio entre o Governo do Estado e municípios, na área da Segurança Pública, visando à contratação de policiais militares e civis pelas prefeituras, quando estes estiverem nos dias de folga.
"É um projeto de alcance social muito grande", disse o parlamentar, ressaltando que os policiais, quando estão de folga, devido a seus baixos vencimentos, procuram algum ´bico´ para sobreviver, e muitas vezes correm perigo de ser assassinado, visto que estão desprotegidos.
O peemedebista destacou ainda o aumento da violência em todo o País, e considerou a alta incidência do consumo de crack como um dos fatores preponderantes para a ocorrência de crimes. Os deputados Manoel Duca (PRB) e Ely Aguiar (PSDC) elogiaram a proposta e também pediram o apoio do Governo do Estado para que a ela seja transformada em Lei.
Delegacia
Manoel Duca aproveitou ainda para cobrar do governador Cid Gomes, o aproveitamento do Projeto de Indicação, apresentado por ele em 2011, que solicitava a instalação de uma delegacia de narcóticos na Região do Baixo Acaraú.
Vasques Landim afirmou que as demandas da população, principalmente, na área de Segurança Pública não foram atendidas. "Nos últimos dias eclodiram em todos os cantos do País, manifestações onde a população reclamava por demandas reprimidas em vários setores. Contra a corrupção, contra a impunidade e contra a falta de segurança. E nós podemos observar que as respostas a essas queixas vieram de forma tímida, teórica e sem deixar com nitidez a perspectiva de se tornarem práticas ou realidades", reclamou.
Conforme disse, isso deixou uma inquietude na sociedade e por isso tais demandas continuam sendo questionadas porque as respostas dadas não foram práticas. "Na Saúde veio a resposta de que a importação de médicos seria a solução para os graves problemas de saúde pública . Essa possibilidade é muito superficial, muito simplória".
Para a área de Educação ele ressaltou que os mecanismos adotados foram os royalties do petróleo, que é uma medida a longo prazo. Para a corrupção ele reclamou a medida de plebiscito para isso, pois a proposta de Reforma Política está tramitando há cerca de 20 anos no Congresso Nacional. Outro dado que não recebeu qualquer resposta dos governantes foi a questão da violência, enfatizou.