Audiência pública para discutir a valorização dos funcionários das escolas públicas do Ceará
Foto: Edson Junior Pio
A escola não se resume apenas a sala de aula. Caso a pessoas que fazem a merenda escolar falte, é bem possível que as aulas sejam suspensas mais cedo, além disso, as notas dos alunos não são repassadas se o setor administrativo não funcionar adequadamente. Esta avaliação foi feita pelo Presidente do Sindicato dos Professores e Servidores em Educação do Estado do Ceará (APEOC), Anízio Melo, durante a audiência pública, na tarde desta quinta-feira (04/07), para discutir a valorização dos funcionários das escolas públicas do Ceará.
Atendendo ao requerimento da APEOC, na Assembleia Legislativa, foi conduzida pelo presidente da Comissão de Educação da Casa, deputado Professores Teodoro (PSD). De acordo com o deputado, a educação e a valorização de quem a faz tem que ser vista como prioridade pelo Governo, pois só com investimento nesse setor o País pode se desenvolver com mais rapidez. “Estamos brigando para que o governo invista mais na educação, queremos que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) seja destinado a esse pilar da sociedade”, acrescentou o deputado.
Para o presidente da APEOC, o momento para discutir a valorização dos funcionários de escolas públicas do Ceará não podia ser mais propício, pois o cenário político está mudando e a categoria tem que acompanhar essas mudanças e lutar pelos direitos. “A categoria precisa de mais valorização salarial sim, mas busca também respeitabilidade. Estamos lutando para que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação ( Fundeb) veicule um índice para a valorização desses funcionários.” frisou.
De acordo com o coordenador nacional do Departamento de Funcionários da Educação (DEFE),Edmilson Lamparina, não há como lutar por valorização sem que haja uma profissionalização da categoria. “A categoria tem que buscar, junto ao Governo, a consolidação de um programa de profissionalização”, acrescentou.
Segundo a assessora técnica da coordenadoria de gestão da Secretaria da Educação (Seduc), Erizeny Braga, o órgão vem a cada dia colocando em pauta a valorização desses funcionários, políticas voltadas para os profissionais da educação, não só do magistério. Para que esses funcionários tenham oportunidade, o governo e o Mistério da Educação (MEC) desenvolveram o programa Pró-Funcionário. No entanto, segundo ela, para alcançar o objetivo é preciso uma série de articulações, principalmente entre os municípios onde os cursos são ministrados, com o Estado.
“O governo concede toda a estrutura, no entanto, muitas vezes os municípios não oferecem logística para que os profissionais consigam terminar o curso. Estamos trabalhando para que uma política voltada para essa categoria se efetive” explicou.
Também participaram da audiência o executivo da Confederação Nacional dos Trabalhares em Educação (CNTE), Joaquim Juscelino Linhares, e o representante da Central Única dos Trabalhando (CUT), Helder Nogueira.
MA/JU