Bethrose ressaltou a vulnerabilidade das crianças e adolescentes, “que geralmente são as vítimas mais atingidas em situações de emergência, como a seca”. A deputada destacou problemas comuns para esta faixa etária, como a redução da oferta de trabalho, o acesso a água potável e alimentos, o êxodo rural, o uso de drogas e a exploração sexual.

O prefeito do município de Palhano e diretor da Associação dos Prefeitos do Ceará (Aprece), Nilson Freitas, afirmou que um dos piores problemas da seca está na má qualidade da água ofertada à população, “que está causando problemas de saúde nas crianças”. Nilson ressaltou que o problema é mais comum nos municípios de pequeno porte, e defendeu a criação de sistemas de abastecimento nessas cidades.

A especialista em programas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Tati Andrade, também demonstrou preocupação com a má qualidade da água, “que deveria chegar às famílias já tratada e vem causando desnutrição e outras doenças”. Ela destacou a necessidade de levar o debate às escolas e alertou que é preciso ampliar medidas de combate ao trabalho infantil.

Também participaram da audiência representantes do Ministério Público estadual e do Trabalho, técnicos da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, prefeitos e lideranças de diversos municípios.
CV/RT