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Internautas acham que trabalhadores brasileiros não têm o que comemorar  - QR Code Friendly
Segunda, 06 Mai 2013 13:29

Internautas acham que trabalhadores brasileiros não têm o que comemorar

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A maioria dos internautas (58,3%) que respondeu a enquete do Portal da Assembleia Legislativa da semana de 29/04 a 06/05, sobre o Dia do Trabalho, apontou que não há o que comemorar em 1º de maio, já que o trabalhador ainda é penalizado pelo fator previdenciário, excessiva jornada de trabalho e alta carga tributária.

Foi feita a pergunta “O trabalhador brasileiro tem o que comemorar no dia 1º de maio?”. Dos demais participantes, 32,8% disseram que novas conquistas foram alcançadas, mas os salários ainda são baixos. E 9% responderam que há o que comemorar, já que o emprego formal cresceu e a legislação evoluiu, beneficiando algumas categorias.

Para Diassis Diniz, presidente do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), o resultado é surpreendente. Ele explica que a relação emprego-trabalho-renda não pode ser analisada com esses fatores individualmente. “Não podemos ser reducionistas. Nos últimos 10 anos se percebe a recuperação da capacidade laborativa e a recomposição de uma política de direitos”, aponta. Ele diz que o salário mínimo representa um ganho muito expressivo que dá ao trabalhador poder de aquisição de bens de consumo que, aliados a outros índices, como o acesso ao crédito, significa benefícios à classe trabalhadora.

Diniz afirma ainda que a legislação trabalhista se consolidou e não registrou retrocessos. “Neste momento discutimos a PEC das Domésticas que beneficia a cinco milhões de trabalhadores”, calcula. “Então nós temos sim o que comemorar”, acredita.

O líder do Governo na Assembleia, deputado José Sarto (PSB), ressalta que o mercado de trabalho do Ceará está aquecido e com perspectivas bastante positivas diante do processo de expansão do Complexo Portuário e Industrial do Pecém. O parlamentar prospecta a geração de milhares de vagas de empregos formais e com boas condições de trabalho e remuneração.

Sarto ressalta ainda que não apenas o setor industrial está ofertando oportunidades de trabalho no Ceará. “Em fevereiro deste ano, por exemplo, o Ceará gerou 3.060 novos empregos formais em fevereiro”, citou, baseado nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Esse número representa o melhor resultado na região Nordeste, de acordo com ele, e isso “deve ser comemorado”.

Já para João Bosco Feitosa dos Santos, economista e sociólogo das Universidades Federal e Estadual do Ceará, ainda existem outras questões que devem ser acrescentadas às queixas dos internautas. “A precarização do trabalho tem sido um fator muito abordado com o enxugamento dos postos de trabalho e o acumulo de funções para quem permanece”, aponta. O sociólogo diz ainda que houve um aumento da exploração do trabalhador com metas cada vez mais exigentes.

“E o salário não acompanha o estímulo que é dado para que a sociedade consuma cada vez mais”, diz.
HS/CG

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
  • E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Twitter: @Assembleia_CE
Lido 1523 vezes Última modificação em Quarta, 08 Mai 2013 09:33

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