Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas defendem mão de obra estrangeira em setores carentes
Apenas 13% escolheram a opção “Não, é preciso garantir a reserva de mercado aos brasileiros”, enquanto 16,4% dos internautas preferiram a resposta “Sim, faltam profissionais especializados para a área de saúde e obras de engenharia”.
Miriam Matos, administradora de empresas, mestre em gestão de pequenas e microempresas e professora de Metodologia de Pesquisas da FIC, considera que esse possível ingresso de mão de obra para setores que se encontram carentes deve ser resultante de uma política pública, com o controle do Estado. Ela destacou que os profissionais qualificados estrangeiros podem sim participar do mercado de trabalho local, desde que não se abra uma concorrência com os trabalhadores locais.
A professora observa que, atualmente, o País recebe migrantes refugiados do Haiti e trabalhadores da Bolívia, que aceitam permanecer na ilegalidade e receber salários bem inferiores aos pagos para os brasileiros. “Isso gera uma concorrência severa com a mão de obra desqualificada do País”, frisou.
Para o deputado Paulo Facó (PTdoB), é “meio paradoxal” que um país com mais de 200 milhões de habitantes não tenha gente preparada para o exercício de todas as funções necessárias ao seu desenvolvimento. Segundo ele, isso é indicativo de que se faz necessário mais investimento em educação, principalmente para as áreas consideradas estratégicas ao desenvolvimento do país.
Para o líder do Governo na Assembleia, deputado José Sarto (PSB), com o Complexo Industrial e Portuário do Pecém em franca expansão, o Ceará tem uma demanda imediata por trabalhadores capacitados no Estado. Eventualmente, em algumas áreas específicas, esses profissionais podem vir do exterior ou mesmo de outros estados brasileiros.
Contudo, segundo Sarto, essa demanda deve mudar e a necessidade de estrangeiros no nosso mercado de trabalho deve diminuir num futuro próximo, já que iniciativas pública e privada têm unido esforços para proporcionar a qualificação da mão de obra local.
Um bom exemplo, cita ele, é o Centro de Vocação Tecnológica de São Gonçalo do Amarante - parte do Centro de Ensino Tecnológico do Governo do Estado. Lá, já foram capacitados alunos nas áreas de construção civil, mecânica industrial e soldagem industrial, destaca o líder.
Ele ressalta ainda que o Pecém conta também com o Centro de Formação Profissional do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CFP-CIPP) – unidade de negócio mais nova do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/CE).
JS/CG