A omissão e a violência
A oposição provou ontem, outra vez, o peso do rolo compressor governista na Assembleia. De 69 requerimentos votados no plenário, dois foram rejeitados. Um era da deputada Eliane Novais (PSB) e pedia à Câmara federal que reconsiderasse a eleição do deputado Marcos Feliciano, racista e homofóbico, para presidir a Comissão de Direitos Humanos. Mas nesse caso tratou-se mais da inconveniência formal do que do confronto político. O outro, de Heitor Ferrer (PDT), requeria que o Conselho de Segurança Pública do Estado fosse à Casa explicar a escalada dos homicídios no Estado. Esse sim, contrapôs as bancadas. A situação não admitiu discutir o tema nessas bases. A Assembleia abriu mão de sua condição de fórum qualificado. E a omissão também vira, assim, violência real.
"Uma multidão de jovens que recebe o Bolsa Família não trabalha e cultiva o ócio, e de uma forma geral incrementa o tráfico"
Deputado Fernando Hugo (PSDB) relacionando o programa de transferência de renda ao aumento da violência no Ceará. Mas dizendo que não é contra o Bolsa Família. Imagine se fosse a favor
Avaliação local
A proposta de anistia aos militares que se amotinaram na passagem de 2011 para 2012, que tramita no Senado, será tema de audiência pública nesta sexta-feira na Assembleia Legislativa, a partir das 14h30min. O projeto é do senador José Pimentel (PT) e tem apoio de Eunício Oliveira (PMDB) e Inácio Arruda (PCdoB).
Infância especial
O deputado Ronaldo Martins (PRB) pôs para tramitar na Assembleia Legislativa projeto que permite ao Governo instalar "brinquedos adaptados para crianças portadoras de necessidades especiais em parques, praças e outros locais públicos destinados à prática de esportes e lazer". Combina direitinho com uma das prioridades da primeira-dama, Maria Célia: a atenção a pessoas especiais.