Os trabalhos tiveram como foco a Secretaria Executiva Regional (SER) II, área da Capital onde é elevado o número de pessoas em situação de rua, vulnerabilidade social e com algum tipo de dependência química. Servidores de diversas secretarias municipais, representantes de organizações não governamentais e da sociedade participaram do evento.

Segundo o documento que contém as propostas do Plano, 2.787 funcionários da Prefeitura foram capacitados para atuar direta ou indiretamente no combate ao efeito clínico e social do tráfico de drogas. Destes, 336 trabalham nos 20 bairros da SER II. A região tem cerca de 325 mil habitantes.

O foco dos trabalhos é a prevenção e a redução de danos à integridade física e moral dos usuários. Crianças e adolescentes são as principais vítimas. Por isso, pais e responsáveis também chegaram a receber capacitações. Conforme a Prefeitura, o Plano pretende aproximar as SERs com a criação de núcleos integrados e a incorporação das políticas de saúde, assistência social, direitos humanos e educação.

Estão envolvidas na mobilização de Fortaleza contra o crack as secretarias Municipal da Saúde (SMS), da Assistência Social (SAS), Municipal da Educação (SME), do Desenvolvimento Econômico (SDE), dos Direitos Humanos (SDH), da Cultura (Secultfor), do Esporte e Lazer (Secel), a Guarda Municipal e gabinete da prefeita Luizianne Lins. O documento apresentado no encontro diz: “Não criminalizar, discriminar, excluir ou demonizar o usuário. O crack apenas agrava uma situação que já existia (de vulnerabilidade social)”.

Fazem parte da SER II os bairros: Aldeota, Cais do Porto, Cidade 2000, Cocó, De Lourdes, Dionísio Torres, Engenheiro Luciano Cavalcante, Guararapes, Joaquim Távora, Manuel Dias Branco, Meireles, Mucuripe, Papicu, Praia de Iracema, Praia do Futuro I e II, Salinas, São João do Tauape, Varjota e Vicente Pinzón.
BC/AT