A parlamentar explicou que a atitude do diretor do hospital, que preferiu não declinar o nome, a deixou amargurada e em estado de sofrimento. Porém, ela entendeu, conforme afirmou, a situação e percebeu que precisaria “liberar o perdão” ao diretor, porque só ela estaria sofrendo com a situação. Desta forma, a deputada foi à tribuna explicar que não mais estava sofrendo com o ocorrido.

“Eu revi meus próprios conceitos e percebi onde estava errada”, frisou Silvana, explicou que até ontem estava amargurada com a situação, e que havia tentado “envenenar” os demais deputados com o episódio. Porém reconheceu que precisava voltar ao seu estado emocional normal, que só veio com a “liberação do perdão”.

A deputada explicou ainda que o paciente por quem havia intercedido já havia conseguido a internação na Santa Casa de Sobral, e, portanto, estava assistido, e isso também a tranquilizou. Disse ainda que estava abordando novamente o assunto não para buscar punição para o diretor do hospital, mas para externar que havia mudado de posicionamento em relação ao assunto.

Dra. Silvana afirmou que a partir de sua nova compreensão sobre a questão, se reanimou para a atividade parlamentar. “Realmente fiquei muito abalada com a situação, fui humilhada, mas um trecho da Bíblia me reanimou”, disse.

Em aparte, o deputado Dr. Pierre (PCdoB)  ressaltou que o tipo de atitude da direção do hospital, revelada por Silvana, o deixava triste. “Nós somos procurados por nossos pacientes que não têm acesso a algum tipo de tratamento. Em muitos casos, um não bem dado é melhor que um sim mal dado”, frisou o comunista, considerado que é constrangedor sair atrás de um tratamento para um paciente porque isso deve ser um direito e não uma concessão.
 
O deputado Perboyre Diógenes (PMDB) disse que queria só saber o nome do diretor para poder repudiá-lo. ”No momento oportuno vou repudiar esse ato de selvageria contra o Parlamento”, revelou.

A deputada Fernanda Pessoa (PR) considerou que na hora de dor é preciso mais humanização nos hospitais da rede pública e privada. “Somos muito solicitados para ajudar”, disse.
JS/CG