Você está aqui: Início Últimas Notícias Inês alerta sobre diagnóstico precoce dos distúrbios de aprendizagem
A parlamentar parabenizou o jornal O Povo por abordar o tema no último domingo (05/02). “Os portadores do distúrbio têm dificuldades em habilidades específicas ou tarefas. Mas, com o apoio adequado, podem ter sucesso escolar e progredir em carreiras”, afirmou.
Segundo a peemedebista, muitas pessoas sofrem a vida inteira com transtornos sem terem sido diagnosticadas corretamente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima em 5% a população do planeta afetada por distúrbios de aprendizagem. “É um assunto sério, que não pode ser banalizado. Mas a maioria das escolas não percebe e professores não estão preparados para lidar com essas limitações. As crianças sofrem piadas e podem ser vítimas de bullying. Isso gera problemas maiores, como ansiedade, baixa estima e depressão”, pontuou Arruda.
Ela listou os transtornos que prejudicam a aprendizagem: dislexia (problemas para aprender a ler), discalculia (capacidade matemática inferior à média esperada para a idade), dislalia (distúrbio da fala; é o mais comum), TDAH (transtorno por déficit de atenção e hiperatividade), disgrafia (alteração na escrita normalmente ligada a problemas perceptivo-motores) e disortografia (escrita com numerosos erros).
Por fim, pediu apoio da Casa para a aprovação do projeto de lei nº 216/11, de sua autoria, que institui o Programa Estadual para Identificação e Tratamento da Dislexia na rede estadual de ensino. A matéria tramita nas comissões temáticas da AL. “Se colocado em prática, isso fará diferença na vida de muitos cearenses, que terão diagnóstico correto e o devido acompanhamento”, considerou.
Em apartes, os deputados Dr. Pierre (PCdoB), Dra. Silvana (PMDB) e Ronaldo Martins (PRB) declararam apoio à proposta de Inês. O comunista narrou situação vivida pelo filho de 13 anos numa escola particular de Fortaleza. “Ele foi maltratado. Chegou a apanhar. A mãe foi lá, mas o colégio não deu a menor assistência. Tivemos que mudar de instituição”, frisou Pierre.
Segundo Dra Silvana, “algumas crianças chegam a se esconder para não serem afetadas por esse mal”. Já Ronaldo Martins sugeriu à Inês Arruda que o projeto sugira ao Governo a inclusão de profissionais de psicopedagogia na rede pública estadual. “Fora o bullying e o distúrbio de aprendizagem, existem outros problemas que a escola não consegue identificar. Familiares, inclusive”, argumentou.
BC/CG