Parlamentares federais cearenses discordaram da votação ocorrida na Câmara dos Deputados onde foi provado o projeto original do Senado, que redistribui os royalties para beneficiar estados e municípios não produtores. O deputado federal Chico Lopes (PCdoB) e o senador Inácio Arruda (PCdoB), seguem o mesmo pensamento do Governo de que esses recursos devam estar vinculados à educação. O assunto repercutiu durante a semana na Assembleia Legislativa. Os deputados estaduais estão preocupados em saber qual a fatia que caberá desse bolo ao Ceará.
Chico Lopes argumenta que os países que tomaram uma atitude para sair da "mesmice" e se desenvolverem, apostaram na educação, citando como exemplo a China. Para ele, com a descoberta de um tesouro natural, no caso o pré-sal, é o momento de o Brasil focar na educação. De acordo com o parlamentar, o substitutivo do relator, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que aplicava 100% dos recursos dos royalties para a educação, era defendido por movimentos como a União Nacional dos Estudantes (UNE).
Qualidade
Na Assembleia as opiniões se dividem. Os deputados que concordam com o substitutivo de Carlos Zarattini alegam que o projeto iria melhorar a qualidade da educação e, assim, contribuir para o desenvolvimento do País. Já os favoráveis ao projeto aprovado, o original do Senado, defendem que tais recursos não devam ser vinculados.
Lopes discorda. Para ele, a educação deve ser o foco, alegando que projetos e obras não andam no Nordeste por falta de decisão política. Para ele a região não tem orçamento para suas necessidades. "Queremos que o Nordeste comece a ser respeitado como membro da Federação". Ele defende a Refinaria, Transposição de águas do São Francisco e a Transnordestina.