A depender das declarações e do perfil dos membros da equipe, a transição da gestão municipal em Fortaleza deverá ser tranquila, apesar de a cidade ter vivenciado uma campanha um tanto acirrada, inclusive com troca de acusações pessoais. É o que apostam especialistas acerca do processo. Ontem, foram conhecidos os nomes que farão esse trabalho de transição.
Os escolhidos pela prefeita Luizianne Lins (PT) são Geraldo Accioly, secretário de Projetos Especiais; Alexandre Cialdini, secretário de Finanças; Alfredo Pessoa, secretário de Planejamento; e o coordenador das Regionais, Cícero Cavalcante. Um dos membros, o secretário Alfredo Pessoa, coordenou a equipe de transição do primeiro mandato de Luizianne Lins, em 2004.
Já o prefeito eleito Roberto Cláudio (PSB) indicou nomes que participaram da coordenação de sua campanha e estavam próximos a ele na Assembleia Legislativa: Eudoro Santana, coordenador do plano de Governo e secretário executivo do Conselho de Altos Estudos da AL; Aloísio Carvalho, secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social; José Leite Jucá, assessor jurídico da Presidência da AL; e Jurandir Gurgel, economista e coordenador do Tesouro Estadual.
Diálogo
O cientista político Clésio Arruda, professor da Universidade de Fortaleza, diz acreditar que, pelo fato de preponderar o perfil técnico na equipe, deverá ser mais fácil o diálogo. Apenas Geraldo Acciolly, pelo lado de Luizianne, e Eudoro Santana, da equipe de Roberto Cláudio, são os que teriam um perfil mais político. "Eles (técnicos) são importantes caso seja necessário apagar algum incêndio", diz.
Pelos nomes indicados pela atual administração, o professor Clésio Arruda aposta que é uma sinalização da prefeita Luizianne de que vai passar as informações necessárias ao novo gestor, já que os secretários "têm domínio sobre as informações".