Isso porque, em meados dos anos 1940, o traje típico do sertanejo nordestino ainda era associado ao bando de Virgulino Ferreira da Silva, conhecido como o rei do cangaço, o Lampião, que foi morto pela polícia poucos anos antes, em 1938. Existia, na época, certo preconceito com relação à música nordestina, que se estendia também à vestimenta.

Entretanto, o Rei do Baião não desistiu de seu projeto, continuou insistindo, até que em 1949 a Rádio Nacional se dobrou diante do pedido de Gonzaga, momento em que passou a usar em suas apresentações o traje típico e o seu querido chapéu de couro. Além do mais, as festas tradicionais dedicadas especificamente aos vaqueiros têm vínculo com o seu trabalho e o seu cotidiano. A missa do vaqueiro, a festa de vaqueiro, e a vaquejada, estão ligadas diretamente ao ciclo do gado na região. A missa do vaqueiro é um tradicional evento religioso católico realizado a céu aberto, em sufrágio da alma de Raimundo Jacó, quando vaqueiros nordestinos de várias cidades se reúnem no Parque Nacional do Vaqueiro, sítio Lages, zona rural de Serrita, Pernambuco.

Com produção e apresentação de Emília Barbosa, o programa Gonzagando vai ao ar às quintas-feiras às 20h.

WT/CG