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Conecta Ceará debate sobre autismo e comportamentos inadequados - QR Code Friendly
Quarta, 13 Abril 2022 19:52

Conecta Ceará debate sobre autismo e comportamentos inadequados

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Conecta Ceará debate sobre autismo e comportamentos inadequados fOTO: Máximo Moura
O manejo dos comportamentos inadequados em crianças autistas foi tema de debate, nesta quarta-feira (13/04), em mais uma edição do projeto Conecta Ceará, iniciativa da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece). A palestra virtual, promovida pelo Comitê de Responsabilidade Social em parceria com o Centro Inclusivo para Atendimento e Desenvolvimento Infantil (Ciadi) da Alece, trouxe como convidadas as psicólogas da equipe multidisciplinar do Ciadi, Sara Carneiro e Mariana Nocrato.

Segundo Sáskia Vaz, coordenadora do Ciadi, as palestras fazem alusão ao Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, comemorado em 2 de abril, e visam tirar dúvidas e dar orientações, além de refletir sobre a questão do preconceito e da discriminação contra crianças autistas.

O enfermeiro e orientador de Células do Ciadi, Braúlio Teixeira, afirmou que a palestra traz diferentes olhares e perspectivas para mostrar a necessidade de trabalhar as diferentes características de cada criança. Ele também assinalou que a ação objetiva conscientizar a sociedade a fim de evitar qualquer tipo de preconceito, o que, segundo ele, acaba estabelecendo barreiras no desenvolvimento de crianças com TEA (transtorno do espectro autista).

LIDANDO COM COMPORTAMENTOS INADEQUADOS

A psicóloga Sara Carneiro apresentou a Abordagem Analítico Comportamental (ABA), pontuando que se trata de uma ciência baseada em evidências, pautada nos princípios de descrição, previsão e controle. Ela também explicou que a ABA trabalha bastante com a relação funcional entre eventos e considera os valores e os princípios do sujeito dentro de sua cultura.

De acordo com a psicóloga, os comportamentos inadequados são aprendidos ao longo da história de vida de cada pessoa. “Se eu aprendi que, para conseguir um brinquedo numa loja, eu preciso chorar para minha mãe, eu vou chorar para conseguir um brinquedo”, exemplificou. Ela também elencou alguns exemplos de comportamentos inadequados: chorar, gritar, jogar-se no chão, machucar a si mesmo ou outras pessoas. Sara apontou ainda a importância de operacionalizar o comportamento, identificando o contexto (querer um brinquedo), a resposta (chorar) e a consequência de cada ação (mãe comprar um brinquedo).

Como opção de manejo do comportamento inadequado, Sara indicou a extinção, que visa diminuir a frequência do comportamento e cancelar a consequência reforçadora, ensinando um comportamento diferencial à criança. “A extinção é quando se quebra a relação resposta e consequência. Quando quebro essa relação, o comportamento diminui de frequência drasticamente”, relatou. Ela acrescentou que aplicar a extinção também significa ensinar novos comportamentos e frisou que, para avançar na intervenção, é necessário diminuir as barreiras provocadas pelos comportamentos inadequados.

ATENÇÃO AOS SINAIS SOCIAIS DA CRIANÇA

Durante a palestra, a psicóloga Mariana Nocrato apresentou a abordagem responsiva, que costuma utilizar em seus pacientes no Ciadi. Mariana explicou que ser responsivo é estar atento à criança e aos sinais sociais que ela emite, assinalado que estes sinais são aqueles que damos sem que haja intenção comunicativa. Como exemplo, ela relatou o caso de um paciente autista que indicava “sim” ou “não” por meio do piscar de olhos.

Ela salientou a necessidade de dar espaço e oportunidade para que as interações ocorram de forma espontânea, relatando que os pais costumam se queixar de que as crianças não pedem ou apontam para o que querem, mas, em contrapartida, estão sempre oferecendo algo antes mesmo de a criança pedir. Ela citou ainda a educadora Maria Montessori, afirmando que “qualquer ajuda desnecessária é um empecilho para a aprendizagem”.

IMPORTÂNCIA DOS LIMITES

Mariana também abordou a importância de dar limites às crianças. “Tudo bem a criança ter limites, pois todo mundo tem limites. É importante que ela entenda isso, que a sociedade precisa de limites. O limite traz segurança”, frisou. Ela também indicou alguns momentos em que é recomendado dar esses limites, como quando houver risco à integridade da criança ou do outro ou quando houver possibilidade de a criança quebrar um material.

A psicóloga enumerou várias dicas para lidar com comportamentos inadequados: ser calmo, dar exemplo, acalmar, ir a um lugar calmo, dar colo, escutar, abraçar, respirar junto, demonstrar empatia e validar sentimentos. “Gastar energia também ajuda. Lembra que a gente está inundado de cortisol, então gastar essa energia, chamar a criança para dançar, pular ou correr também vai ajudar”, complementou.

Ela finalizou afirmando que lidar com comportamentos inadequados exige constância e persistência. “Mostrar todos os dias que a gente se importa e que as comunicações dela estão sendo atendidas, lembrando que nós somos os adultos. Nós que temos que nos manter calmos e ensinar aquela criança”, concluiu.

BD/LF
 

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
  • E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Twitter: @Assembleia_CE
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