O episódio 64 do podcast Jogo Político discute a perspectiva de punição ao deputado André Fernandes (PSL). Principal aliado de Jair Bolsonaro no Ceará e parlamentar de atuação mais polêmica ao longo do ano na Assembleia Legislativa, ele teve suspensão de 30 dias aprovada no Subconselho de Ética por ter afirmado que o também deputado Nezinho Farias (PDT) teria relação com facções criminosas. A punição ainda passará pelo Conselho de Ética para depois seguir para a Mesa Diretora, antes de ser submetida ao plenário.   PUBLICIDADE   "Acho que vai ser punido e considero que seja a punição adequada para a situação", defendeu no podcast o jornalista Guálter George, editor de Política e colunista do O POVO. "Não faria sentido que ele saísse impune da situação", acrescentou o editor, apontando o "conjunto da obra" ao longo do ano.   Já o repórter Carlos Mazza, coordenador do O POVO Dados e colunista, demonstrou preocupação com a punição ao mandato do deputado, ao eleitor de certa forma. "Não sei se é um bom caminho punir o CNPJ deputado André Fernandes. Acho que a punição nesse caso era para o deputado, pessoa física André Fernandes". Mazza aponta que há vários dispositivos para isso, sem interromper o exercício do mandato parlamentar, afetando a representação do eleitor e a correlação de forças nas votações. "Abre um precedente perigoso", defendeu.   Com participação ainda do jornalista Érico Firmo, editor do O POVO Online e colunista de Política, o podcast discute o impacto que o parlamentar youtuber provocou no Legislativo e o reflexo que a provável punição terá no comportamento dele.   Os jornalistas debatem também a forma como ele tenta replicar o estilo de Bolsonaro - e também as diferenças na postura. André Fernandes é pré-candidato a prefeito em 2020. Qual o efeito da eventual punição para a candidatura? Atrapalha em alguma coisa? Tira votos? Ou pode até trazer?