Manifestantes ocuparam, ontem, ruas de 88 cidades brasileiras, segundo o portal G1, para realizar defesa do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e da Lava Jato. O juiz exonerado e a operação são alvos das publicações do Intercept Brasil. O site sustenta haver conluio entre o ex-magistrado e procuradores da República, sobretudo no processo que culminou na prisão do ex-presidente Lula (PT), no caso do triplex em Guarujá (SP).
O ministro se manifestou sobre as movimentações em rede social. Repetiu em algumas publicações a frase "eu vejo, eu ouço", para depois transformar na tríade "eu vejo, eu ouço, eu agradeço."
Segundo diz, a correção sempre permeou a conduta dele, o que diz continuar agora, como ministro. "Aceitei o convite para o MJSP (sigla da pasta) para consolidar os avanços anticorrupção e combater o crime organizado e os crimes violentos. Essa é a missão", escreveu.
O ministro ainda endereçou recado aos membros do site liderado pelo jornalista americano Glenn Greenwald. Afirmou que hackers, criminosos ou "editores maliciosos" não conseguirão alterar a biografia construída para si.
A reforma da Previdência também foi pautada nas manifestações. O texto entra em fase decisiva no início de julho, quando deve ser votado no plenário da Câmara dos Deputados. Manifestantes reivindicaram a aprovação da matéria nos moldes estipulados por Paulo Guedes (Economia), ou seja, com a manutenção da capitalização e das novas regras para Benefício de Prestação Continuada, aposentadoria rural e professores.
Assim como em outros cantos do País, a Praça Portugal, no bairro Aldeota, foi tomada pelas cores verde e amarelo. Segundo a organização, foram mais de 15 mil manifestantes presentes.
Faixas pediram o fechamento do Congresso, além de intervenção das Forças Armadas no STF. Estas iniciativas foram repreendidas pela organização. "Ninguém quer fechar Congresso e nem o Supremo, ok? Vaia pra essa turma que quer fechar o Congresso, vaia", conclamou um homem do alto do trio elétrico postado ao lado da praça.
O deputado estadual André Fernandes (PSL) disse que o Senado não pode repetir "palhaçadas" que tem cometido com o presidente, a exemplo da revogação do decreto das armas. Ressaltou, porém, que uma minoria falou em fechar as instituições.
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CARLOS HOLANDA