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Segunda, 20 Agosto 2012 06:22

Coluna Política

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  MASSIFICAÇÃO VERSUS RECALLCom centenas de milhares de votos à solta, num dos maiores aglomerados populacionais do País, Fortaleza é um mercado eleitoral de massa. Significa dizer que larga com vantagem quem conseguir levar, pelos próximos 45 dias, a mensagem a todos os eleitores, potencialmente. De nada adiantará o candidato a prefeito ter um bom portfólio, se não tiver as condições para apresentá-lo ao público-alvo. Isso vale, inclusive, para os que já são muito conhecidos da população. Como manterem-se no páreo, com os espaços televisivos e radiofônicos dominados pelos concorrentes? Pelas últimas pesquisas de intenção de voto, Moroni Torgan (DEM) está isolado na liderança (31%), com mais do dobro do segundo colocado, Inácio Arruda (PCdoB), que aparece com 13%. A partir de amanhã, a maior pressão recairá sobre os dois. Moroni (foto) tem 1min56seg de tempo no rádio e televisão. Inácio (foto), 1min32seg. A explicação para o fato de a dupla está bem situada até aqui é o que os “marquetólogos” chamam de recall. Numa tradução livre adaptada à corrida eleitoral, é a memória dos dois nomes de eleições anteriores que o eleitorado reteve na memória. Moroni e Inácio são, exatamente, os mais veteranos da atual disputa. Cada um já concorreu três vezes a Prefeitura de Fortaleza. Cada um já foi para o segundo turno. Inácio em 2000. Moroni, quatro anos depois. Com o embalo da fase eletrônica dos pedidos de voto, não será de todo surpreendente se o natural crescimento das demais candidaturas com maior espaço na programação, como Roberto Cláudio (PSB) e Elmano de Freitas (PT), pressionar os atuais líderes para fora da faixa do segundo turno. OS PERFISSão dez os candidatos à sucessão da prefeita Luizianne Lins (PT). O jogo, que como já dito acima, entra em um novo nível, tem nos jogadores os seguintes estereótipos: Moroni e Inácio dividem a marca da experiência em campanhas anteriores; Roberto e Elmano terão as maiores fatias no horário gratuito; Heitor Férrer (PDT) e Renato Roseno (Psol) contam a favor o apoio de setores da classe média. Os seis formam o grupo de elite da atual campanha. O tucano Marcos Cals corre por fora, carregando, para o bem ou mal, a marca do tassismo. Francisco Gonzaga (PSTU), André Ramos (PPL) e Valdeci Cunha (PRTB) são coadjuvantes. O QUE ESTÁ EM JOGONão houve, até agora, nenhum golpe abaixo da linha da cintura entre os concorrentes a prefeito de Fortaleza. Mas ainda é muito cedo para dizer que não haverá. Para muitos, a campanha, propriamente dita, começa amanhã. Em uma briga, quanto mais em aberto está a vitória, mais cada lutador pensa que poderá vencer. Alguns não medem esforços. Ainda mais se colocado no ringue o que está em aposta. Não é pouca coisa. Vamos a alguns pontos. Moroni e Inácio estão na quarta tentativa, cada. Há poucos indicativos de que terão fôlego para disputas vindouras, caso não cheguem lá agora. Elmano representa o legado, bom ou ruim, de uma gestão de oito anos e, por extensão, o futuro de Luizianne. Roberto joga com o prestígio do Governo do Estado na Capital, numa espécie de ensaio geral da sucessão do próprio Cid Gomes, em 2014. Heitor, Roseno e Cals colocam à mesa o prestígio que têm, juntamente com os grupos políticos que representam.
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