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Roseno cobra criação de ambulatório para travestis e transexuais no Ceará - QR Code Friendly
Terça, 11 Dezembro 2018 04:56

Roseno cobra criação de ambulatório para travestis e transexuais no Ceará

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O deputado estadual Renato Roseno (Psol) destacou, em audiência pública realizada na manhã de ontem (10), que um ambulatório no Ceará para atender pessoas transexuais deveria ter sido inaugurado já em 2017. “É importante que essas pessoas tenham um local apropriado de atendimento e acompanhamento. A ausência de serviços se opõe frontalmente à garantia do acesso à saúde”, enfatizou.   Para o parlamentar, não é aceitável que uma parcela da população tenha os direitos à saúde negados. “As pessoas LGBT não podem ser condenadas ao sofrimento psíquico e físico, ao risco do suicídio e mutilação”, pontuou ele.   As declarações foram feitas em audiência pública sobre esse assunto e o acesso dessa população a atendimentos de saúde no Estado. Os debates, fruto de requerimento do próprio deputado, ocorreram nas comissões de Direitos Humanos e Cidadania e de Seguridade Social e Saúde da Assembleia Legislativa. Na ocasião, a coordenadora municipal LGBT, Dediane Souza, explicou que serviços do município e Governo do Estado precisam responder demandas de pessoas LGBT. “Somos parte da população e precisamos de acesso aos serviços da saúde. Se não querem fazer licitação ou se existe confronto das indústrias farmacêuticas, que seja resolvido”, assinalou.   Já o médico psiquiatra do Hospital de Saúde Mental de Messejana, Henrique Luiz, informou que a demanda de pessoas transexuais que precisam de tratamento é grande. “Hoje, o Hospital Mental de Messejana atende através do ambulatório Sertrans algumas pessoas que fazem a mudança de sexo. Porém, diariamente estamos recusando porque não temos mais como receber novos pacientes”, disse. O médico apontou que, além da falta de atendimento, o medicamento hormonal necessário para cuidar de um paciente transexual custa caro.   A representante do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado, Sandra Sá, observou que muitos tomam medicamentos sem acompanhamento, e isso é um problema de saúde pública. “É extremamente necessário que exista um atendimento do Governo voltado para as pessoas LGBT, no geral, para que possam ter acesso a qualquer profissional necessário”, afirmou.
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