O arco de aliança do governador Camilo Santana (PT) elegeu, neste ano, ao menos 55 parlamentares para a Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e para o Senado. No entanto, muitos aliados não foram vitoriosos no pleito e querem fazer parte da administração estadual a partir de 2019.
Levantamento do Diário do Nordeste contabilizou ao menos 478 candidatos governistas apenas na disputa proporcional de 2018. Destes, 424 não foram eleitos e buscam um lugar ao sol no próximo Governo de Camilo.
De acordo com o secretário-chefe da Casa Civil, Nelson Martins, o governador deve conversar com as 24 siglas da base, levando em consideração o conhecimento técnico de potenciais assessores.
Em maio deste ano, o secretário já havia declarado que governistas não ficariam desassistidos no pós-eleição, caso não fossem eleitos. Ele ressaltou, contudo, que somente os que tiverem conhecimento técnico em determinada área poderão ser aproveitados no segundo Governo. "Dentro da postura e da forma de trabalhar do governador, ele manterá o critério de competência técnica", afirma.
Partidos
Deputados já sinalizam que suas legendas postularão postos na próxima gestão de Camilo. "Nós vamos conversar com o governador para vermos qual o espaço que PPS, PRTB e PPL terão para contribuir na administração. Ele terá que prestigiar aqueles que marcharam com ele e deram quase 80% dos votos válidos no Ceará", diz Julinho (PPS).
Lucílvio Girão (PP), que não foi reeleito, defende que o chefe do Executivo precisa indicar técnicos e políticos para o secretariado. "Ele sabe quem trabalhou para a coligação e quem tirou os votos, mas não vou fazer pressão. Estou com a consciência tranquila".
Novas lideranças do PR, Silvana Oliveira e Dr. Jaziel informaram que vão pleitear participação na gestão. "O Valdemar (da Costa Neto, presidente do partido) nos colocou no PR a pedido do Camilo, e acredito que haja compromisso aí", disse a deputada.