Os pequenos partidos experimentam dificuldades para concretizar alianças proporcionais viáveis que lhes permitam a conquista de cadeiras nos legislativos. A aproximação do prazo limite para as convenções partidárias gera preocupações relacionadas tanto à formação das coligações quanto à confirmação das próprias candidaturas.
O PPS, por exemplo, está em constante diálogo com PRTB e PTB, na perspectiva de lançar chapa completa com 69 candidaturas. O quadro, segundo informou o deputado Julinho (PPS), está formado, mas há diálogo aberto com outros partidos, como o PV, que pode ou não se somar à coligação. "Temos que fazer com que todos os candidatos se deem ao máximo para proporcionar votos e maior número de vagas na Assembleia", disse.
Segundo ele, a intenção da coligação é eleger até três deputados. Para isso, é preciso "correr atrás de votos e mostrar que é possível ter candidaturas com determinado número de votos". Ele citou o caso do deputado Dr. Leônidas, suplente que assumiu recentemente, e que, em 2014, teve pouco mais de cinco mil votos. Yuri Guerra (PP), outro suplente, obteve 11 mil votos.
Presidente do Democracia Cristã (DC), o deputado Ely Aguiar afirmou que está dialogando com PTC e PODEMOS, legendas que têm o mesmo potencial de votos que seu grêmio. Ele ressaltou que há uma tendência forte de os três saírem coligados, desde que não haja qualquer "cooptação" por parte de outras legendas.
João Jaime (DEM), por sua vez, afirmou que não há nada definido, o que acontecerá somente a partir da segunda quinzena de julho. "As contas serão feitas somente nesta época, até no DEM. Muitos estão em dúvida se serão candidatos. Muitos se dizem candidatos e nem serão". O deputado George Valentim, do PCdoB, disse que a sigla tem a perspectiva de se coligar para a disputa a deputado federal e ficar sozinha para estadual.