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Disputa ainda é ´morna´, avaliam especialistas - QR Code Friendly
Segunda, 06 Agosto 2012 04:09

Disputa ainda é ´morna´, avaliam especialistas

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Para a professora Adelita Carleial, a população passa por momento de desencanto, por isso não se envolve diretamente nas campanhas Para a professora Adelita Carleial, a população passa por momento de desencanto, por isso não se envolve diretamente nas campanhas FOTO: ARQUIVO
  Um mês depois do início oficial da campanha para o pleito deste ano, cientistas políticos analisam a conjuntura A campanha política na cidade de Fortaleza ainda está "morna". Essa é a avaliação de cientistas políticos que estão acompanhando os primeiros passos da disputa na Capital, que começou, oficialmente, no dia 6 de julho. Outras particularidades também são apontadas, como o fato de os candidatos "institucionais" não ocuparem o topo do ranking nas intenções de voto da população, mesmo com o apadrinhamento de personalidades políticas e o suporte da máquina pública. De acordo com a professora Rejane Vasconcelos, do Laboratório de Estudos de Política, Eleições e Mídia da Universidade Federal do Ceará, o debate político só começará a movimentar de fato a cidade com o início da campanha na televisão e no rádio, no dia 21 de agosto. Segundo ela, o período que antecede essa veiculação dos candidatos nos meios de comunicação pode ser chamado de "ponto morto", pois, até o momento, os pleiteantes querem demonstrar que a campanha já começou, mas "na prática ainda não iniciou", observa Rejane. A cientista política Patrícia Teixeira avalia que, no Interior, a campanha e o envolvimento da população estão mais intensificados do que na Capital, pois, nos municípios, há um maior acirramento político e embates mais explícitos entre eleitores e políticos, lembra a pesquisadora. Conforme avalia, o debate político ainda está muito restrito a um parcela da população que se interessa pelo tema e a algumas iniciativas nas redes sociais. Desinteresse Para a professora Adelita Carleial, da Universidade Estadual do Ceará, a população fortalezense passa por momento de desencanto com as possibilidades de mudanças e, por isso, não se envolve diretamente nas campanhas, tampouco acredita nas propostas dos prefeituráveis. "As pessoas estão desestimuladas com esse sistema mais convencional de política de alianças e não sentem entusiasmo, não fazem questionamentos". Ainda segundo Adelita Carleial, até existem muitas insatisfações dos eleitores, mas o que falta é a proposição de um debate político consistente. "Os problemas da cidade têm tomado mais atenção do que a campanha. As pessoas estão insatisfeitas, mas elas estão desestimuladas com uma perspectiva de transformação. E é nesse período que elas poderiam enxergar uma possibilidade de mudança", opina. Para Patrícia Teixeira, não há clareza e envolvimento da população com o cenário político, criando um distanciamento entre eleitores e candidatos. "A nossa sociedade não tem tanta proximidade com a política. As pessoas não têm intimidade com esse tema. Falta compreensão na hora da escolha, por isso muitos dizem que vão votar num candidato, mas não têm motivação e respondem qualquer um". A cientista política Rejane Vasconcelos acredita que a campanha nas ruas não influencia tanto o resultado nas urnas. "Bandeiras e visitas de candidatos a locais públicos têm peso, mas não muito. Os jornais, sim. É durante a pré-campanha ou campanha preparatória, em banho maria nos jornais, que se tem notícias dos bastidores da política". Repercussão Outro detalhe levantado pelos estudiosos é o papel das redes sociais na campanha política. De acordo com a cientista política Patrícia Teixeira, esse fenômeno de utilizar as redes sociais como instrumento de campanha política tem sido alavancado nos últimos dois anos, mas é nessa eleição municipal que a repercussão deve ser maior. Apesar do espaço conquistados pelas mídias sociais, na opinião de Patrícia Teixeira, ainda não é possível mensurar o público atingido, já que esse universo é incerto, pondera. "Elas (redes sociais) têm, sim, um forte impacto para a discussão, mas ainda não são capazes de influenciar tanto no resultado de uma eleição. Há muitas pessoas que são avessas à política na Internet, enquanto outras estão nas redes só para fazer mobilizações políticas", reflete. Já na opinião da professora Rejane Vasconcelos, as redes sociais são utilizadas nas campanhas predominantemente para promover "fofocas políticas". "Os próprios eleitores participam, dão opiniões, interferem nas imagens dos candidatos, corroem, mas não se sabe o que é verdade ou não. Isso se assemelha a conversas políticas do dia a dia", opina. Alianças A fragmentação de uma poderosa aliança na Capital também poderá ser determinante nos rumos da eleição deste ano, apontam os especialistas. Se em 2008, PT, PSB e PcdoB ocupavam o mesmo palanque, neste ano, cada um saiu com candidato próprio, o que obrigou os partidos, inclusive as pequenas legendas, a se reorganizarem. "A eleição para a prefeitura de Fortaleza tem uma característica bem interessante, porque é uma passagem do domínio da Prefeitura e do Estado de uma aliança absolutamente instável para o momento em que o confronto acontece", avalia a professora Rejane Vasconcelos. De acordo com ela, os resultados das pesquisas que saíram até agora estão diretamente relacionadas ao grau de conhecimento que a população tem dos candidatos, o que explicaria o fato de os postulantes que já disputaram eleições estarem ocupando os primeiros lugares nas pesquisas eleitorais. A pesquisadora Patrícia Teixeira explica que as grandes legendas não se preocuparam em escolher candidatos conhecidos da população, pois "aproveitam o ensejo de que possuem a máquina pública na mão". Conforme a cientista política, as grandes coligações estão apostando na imagem dos padrinhos políticos, que deverão ganhar mais visibilidade com a campanha na televisão. Até o momento, apenas cinco candidatos a prefeito inauguraram comitê em Fortaleza: Roberto Cláudio (PSB), Elmano de Freitas (PT), Moroni Torgan (DEM), Inácio Arruda (PcdoB) e Heitor Férrer (PDT). Renato Roseno (PSOL) não inaugurou o comitê central da campanha, mas, sim, espaços descentralizados para reunir a militância, nomeados "Casas do Sol". Os dez pleiteantes ainda estão se organizando em relação à infraestrutura e campanha de rua, como carros de som e produção de material impresso. Em plenária com os profissionais da saúde ocorrida na última segunda-feira, o coordenador da campanha do candidato petista Elmano de Freitas, Antonio Carlos, chegou a se desculpar com os militantes pela estrutura ainda improvisada do Circulador, vizinho ao Comitê de Elmano. A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão terá início a partir do dia 21 de agosto próximo. SAIBA MAIS Propaganda Tanto cientistas políticos quanto coordenadores da campanha têm apostado que a disputa eleitoral deste ano ganhará mais força a partir do início da propaganda eleitoral da televisão e no rádio, no próximo dia 21 de agosto, quando os postulantes deverão ficar mais conhecidos pela população. Internet Nova ferramenta nas campanhas eleitorais, as redes sociais estão sendo bastante exploradas, porém estudiosos afirmam que ainda não é possível mensurar o impacto real das novas plataformas no resultado das eleições municipais deste ano.
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