Alea jacta est
Calma! Sou de Carnaval, não. Então, o papo não traz ninguém de ressaca do mominesco período, como diria o “chicocunha” deputado Fernando Hugo, acamado e cheio de dores da praga que rogaram nele. Sim, a conversa é outra. Enquanto o pessoal da técnica desta coluna, dos blogs e do Face do Macário cuidava de limpar os aceiros e botar fogo, controlado, no lixo, fiquei olhando a cena. Juro que teve hora que ficou hilário. Mas a maior parte do tempo foi dificil, muito dificil aguentar calado, quase um ato de heroísmo. Um passeio pelos sites alheios e os comentários. Primeiramente todo mundo que tem um computador ou um telefone celular virou jornalista. Jornalista, agora, é “bloger”, atestam até jornais que eu imaginei sérios. É bobagem esse negócio de registro no Minisério do Trabalho (Ministério do Trabalho KKKKKKK) ou fazer curso superior em Jornalismo ou Comunicação Social. Besteira. Está aberta a temporada de caça à notícia, à opinião, ao comentario, ao grande furo. Todo Espírito Santo de orelha, como dizia meu professor de religião, agora, opina, comenta, noticia. Gente que desconhece a língua, agride o vernáculo, assassina o bom senso, mas tem uma opinião (de que discordo mas defendo o direito de ter uma) e acha ético esculhambar com qualquer um. Gente que nunca ouviu falar de Gilmar, Lula, Temer, Ciro, Neymar e o escambau, por ouvir dizer, muitas vezes sem ouvir dizer, desce a lenha: é ladrão, safado, viado, sem-vergonha, fela da gaita, devia estar preso, morto, enterrado e por aí vai. É um mal? É um bem? Isso é bom? Isso é mau? A verdade é que o assunto precisa passar desse comentário e ir um pouco mais além. E olhe que ainda não falei das fake news, as notícias inventadas, essas sim, por gente que maldosamente sabe ler e escrever e sabe como disseminar irresponsabilidade pelas cabecinhas idiotas dos que repetem tudo o que escutam. Um porra louca simplesmente vai a uma notícia dada por um jornalista, que ele nunca viu e, como não é do seu – dele – agrado, simplesmente comenta: sem credibilidade. Ora, ora, ora. Um debate eu sei que não adianta, porque vão continuar existindo esses doidinhos, e… fazer o quê? Alea jacta est. Feliz Páscoa.