Destituído da presidência estadual do PSB cearense por votar a favor da Reforma Trabalhista na Câmara, o deputado federal Danilo Forte promete não deixar barato o preço do seu afastamento para a entrada do também deputado federal Odorico Monteiro, ex-presidente do Pros, na sigla pessebista. O primeiro passo, segundo Forte, foi dado na semana passada, quando entrou com mandado de segurança no Tribunal Superior Eleitoral.
"Entrei com mandado de segurança para discutir o procedimento arbitrário com que foi feita a substituição, sem a garantia do contraditório, na medida em que a decisão foi tomada de forma monocrática, sem levar em consideração o direito constitucional de que qualquer pessoa que passa por julgamento possa se defender", justificou.
Danilo Forte disse ainda aguardar a possibilidade de que seja retomado o diálogo interno na medida em que já foi feita a indicação do seu substituto. Segundo ele, criou-se uma crise interna que não existia. "O deputado Heitor Férrer tem também declarado posicionamento firme com relação a isso. Ele, inclusive, coloca a possibilidade de sair do partido. É lamentável".
Danilo afirmou também que ainda não chegou a dialogar com Odorico depois de sua chegada ao partido. "Quem me convidou para vir para o PSB e me entregou a direção foi (o presidente nacional da legenda) Carlos Siqueira e Odorico veio depois, numa relação construída no momento de crise. Então não tenho motivo para dialogar com ele sobre isso", exclamou.
Único do PSB na Assembleia Legislativa, Heitor Férrer afirma estar "completamente desinformado" com relação ao partido e reclama por não ter sido "minimamente considerado" em meio ao imbróglio. Odorico foi procurado pela reportagem, mas não atendeu às ligações.