O presidente do Partido Social Democrático (PSD) no Ceará, deputado federal Domingos Neto, disse que os membros da agremiação na Assembleia Legislativa que não forem fieis às decisões partidárias poderão sofrer sanções, que vão desde a expulsão da legenda até a perda do mandato. No entanto, o processo para que isso ocorra é lento, a despeito do que há no PMDB, que desde dezembro passado ameaça expulsar integrantes da sigla, o que não se confirmou depois de mais de seis meses.
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A decisão de Neto se dá por conta de posicionamentos de alguns membros da sigla que, além de estarem na base governista de Camilo Santana na Casa, podem votar favoráveis à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que extingue o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Segundo o dirigente informou, o mesmo se estende para os membros do Partido da Mulher Brasileira (PMB) que desrespeitarem decisão do partido, que fechou questão quanto à manutenção do órgão. O PMB, no Ceará, é presidido pela mãe do parlamentar, a ex-prefeita de Tauá, Patrícia Aguiar.
O PSD é representado por três parlamentares na Assembleia Legislativa: Roberto Mesquita, Gony Arruda e Osmar Baquit, este último recentemente foi exonerado da gestão Camilo Santana, a pedido, e retornou para a Casa, a fim de ajudar nas decisões da base governista. Arruda é outro que tem fechado questão quanto apoio ao Governo do Estado, estando Roberto Mesquita, sozinho, atendendo às decisões partidárias.
De acordo com Domingos Neto, ele está acompanhando "com muita estranheza" os movimentos ocorridos na Assembleia Legislativa, que visam, dentre outras coisas, fortalecer ainda mais a base do governador. Para ele, a tentativa da gestão é interferir nas decisões do bloco partidário formado por PMDB, PSD e PMB.