Você está aqui: Início Pronunciamentos Ordem do Dia Heitor Férrer critica Lei que obriga motoristas a utilizar farol aceso
Para Heitor Férrer, a nova legislação “é uma pegadinha”. “Quem imagina que a Sebastião de Abreu (avenida) é uma CE?”, citou. O parlamentar informou que, após levantar alguns dados, irá apresentar proposta na Assembleia para que as vias estaduais que cortam os perímetros urbanos possam ser municipalizadas para evitar as multas. Heitor Férrer afirmou que, mesmo que a capacidade de legislar da Assembleia seja mínima, os parlamentares cearenses têm competência legal para estabelecer que as vias estaduais na área urbana sejam municipalizados. “Vou analisar dados e apresentar algo para proteger o bolso do cidadão”, disse.
Heitor Férrer lembrou que a legislação alega que luz acesa evita acidentes, o que ele discorda, apontando que a qualidade das vias é um dos fatores que contribuem para impedir acidentes. Segundo ele, o farol apagado nas estradas estaduais de São Paulo gerou 4,5 mil multas em cinco dias. “Quase cinco mil pessoas multadas a partir dessa nova legislação”, acrescentou.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PSD) observou que há uma indústria de criatividade para multar. “As multas foram criadas, inicialmente, não com a finalidade do lucro, mas, a partir do pagamento, se fazer campanha educativa. Hoje, presenciamos verdadeiras armadilhas”, endossou.
O deputado Audic Mota (PMDB) ressaltou a tramitação no Senado da proposta de emenda constitucional (PEC) nº 30, que, segundo ele, milita em desfavor da independência financeira das assembleias e tribunais de contas. “A PEC congelou os orçamentos e gastos das assembleia e tribunais, de acordo com a execução de despesas em um ano de crise. Ou seja, para o próximo ano, se essa PEC for votada e confirmada na Câmara, mesmo que cresça a arrecadação, terá uma pedra que impedirá a evolução financeira das assembleias e tribunais”. Segundo Audic Mota, a proposta poderá acarretar prejuízos para os servidores do Legislativo, nos "planos de cargos e carreira, que são, em muitas casas, um grande sonho. É preciso que as assembleias trabalhem para que isso não possa se consolidar no Congresso Nacional”.
LS/AT