De acordo com Heitor Férrer, as universidades reivindicam o descumprimento, por parte do governo estadual, do acordo assinado em janeiro de 2015 com os docentes da Universidades Estadual do Ceará (Uece), do Vale do Acaraú (Uva), e da Regional do Cariri (Urca), referente à pauta de reivindicações da categoria, como o reajuste de 12,67%, o fim da suspensão das promoções e progressões, contratação de 81 professores da Uece que ainda não foram chamados, autorização para a obra de reforma e ampliação do prédio da Faculdade de Itapipoca, a reforma do campus do Junco, em Sobral.

Além disso, complementa o parlamentar, o corte de verbas de custeio no segundo semestre de 2015, elevou o endividamento das universidades a mais de dois milhões. "O que nos causa indignação é o foco de cada governante", desabafou.

Ao comparar o atual governo com o anterior, Heitor Férrer disse que o governador Cid Gomes teve mais méritos do que erros. E destacou a estrutura que Cid Gomes deixou na área das saúde pública como a construção dos Hospitais Regionais, das Unidades de Pronto Atendimento (Upas) e Policlínicas. Mas, segundo ele, Cid Gomes deixou de lado outras áreas.

Heitor Férrer criticou ainda os gastos do Governo com o Acquario Ceará, a compra das tuneladoras, a compra da usina em Barbalha. "Jogamos no lixo 144 milhões de reais com o Acquario Ceará, 137 milhões com os tatuzões, 15 milhões com a usina de Barbalha, além de 19 milhões com as termoelétrica para as tunaladoras, totalizando 315 milhões do cofres do Estado jogados fora", denunciou. O deputado também lembrou os gastos com quase um bilhão com a Refinaria que não veio para o Ceará.

O parlamentar criticou ainda as obras do Castelão, do Centro de Formação Olímpica e do Centro de Eventos. Na opinião do deputado, os Comitês da FIFA e das Olimpíadas deveriam criar critérios para esses eventos, como exigir que os países sede tivessem resolvidos seus problemas como saneamento, saúde, segurança, para receber uma Copa do Mundo e uma Olimpíada.

Heitor afirmou também que o Governo do Estado gastou todo esse dinheiro com essas grandes obras e não consegue resolver o problema da greve das universidades.

Ele apelou para que o Governador Camilo Santana possa resolver o mais rápido possível esse problema da paralisação das universidades estaduais."Não queremos que isso vá ainda mais adiante para que os estudantes não percam mais um semestre por falta de compreensão do Governo do Estado".

 WR/AP