“Considero de uma fraqueza sem tamanho querer dizer à população que vai discutir aumento por categoria, quando, na verdade, o Estado está quebrado”, afirmou. Para Roberto Mesquita, anunciar uma reposição de 10,67% para os funcionários que ganham salário mínimo é o óbvio, já que esse vai ser o percentual concedido nacionalmente.

Segundo Roberto Mesquita, foram construídos uma série de “equipamentos desnecessários”. Como exemplos, ele citou o Acquario Ceará, o Centro de Formação Olímpica, o terminal de passageiros do Porto do Mucuripe e a aquisição de tuneladoras para a construção do metrô de Fortaleza. Apesar disso, o parlamentar defendeu que o “mais importante é assegurarmos o pagamento da folha, sem atrasar, do que dar um aumento que a arrecadação não permite”.

“São ações que refletem o desperdício de uma época. Todas as vezes que nós passamos no Porto do Mucuripe, vemos aqueles mais de R$ 200 milhões ali gastos e imaginamos quanto de saneamento básico poderia ter sido feito no interior do Ceará”, comentou Roberto Mesquita. O deputado também disse que a postura de diálogo apresentada pelo governador Camilo Santana “não passava de uma estratégia para sobreviver”.

Em aparte, o líder do Governo na Casa, deputado Evandro Leitão (PDT), enfatizou a postura de diálogo adotada pela base governista na Assembleia Legislativa. “Não consigo compreender como uma base não tem respeito (pela oposição), quando discutimos aqui, exaustivamente, diversas mensagens, inclusive com emendas (de parlamentares)”, afirmou.

GS/JU