Pesquisa
Antes de qualquer avaliação sobre a irresignação da prefeita Luizianne Lins (PT) com os resultados da pesquisa contratada pelo PSB, sobre a sucessão municipal em Fortaleza e a avaliação de sua administração, necessário se faz observar sua afirmação justificando o adiamento do encontro dos delegados do diretório municipal do seu partido, previsto para o próximo dia 20, quando seria escolhido o candidato do PT à Prefeitura da Capital.
Segundo Luizianne, o adiamento daquele encontro para o dia 3 de junho foi em respeito à aliança com o governador Cid Gomes (Diário do Nordeste de ontem). E dele aguarda um aceno para tratar da continuidade ou não da aliança de ambos no pleito municipal de outubro próximo.
Foi um gesto sensato, embora talvez muito tardiamente, em razão dos dissabores causados pelas manifestações externadas ao longo da discussão interna, no PT, para a escolha de um candidato, sem a preocupação de seu nome ser ou não assimilável pelo PSB e os demais parceiros do grupo que marcha junto desde as eleições de 2006.
As relações políticas e até mesmo as pessoais, apesar dos discursos de ambos, estão realmente bem esgarçadas. Só algumas ações concretas de renúncias e sensatez de parte a parte pode mudar o quadro de rompimento hoje existente, idêntico ao registrado em 2008, com os dois principais personagens em lados opostos.
Naquele momento, quando da escolha do candidato a vice-prefeito, Luizianne não queria ter como companheiro de chapa o hoje deputado estadual Tin Gomes, indicado por Cid, mas acabou cedendo, mesmo após o prazo das convenções partidárias ao constatar que o governador não apontaria um outro nome.
A pesquisa do PSB colocou a prefeita em situação difícil, inclusive no seu próprio partido. A avaliação negativa do seu Governo deixou-a mais fragilizada no campo político. Assim, e com um candidato sem transmitir confiança a alguns dos seus e a todos os principais aliados de hoje, no caso específico do PSB e do PMDB tudo fica mais difícil para a concretização do seu objetivo de manter a aliança com o nome de Elmano de Freitas.
Protesto
Ontem, na Assembleia, o deputado Welington Landim leu o comentário aqui feito sobre a necessidade de os políticos cearenses irem além do discurso na defesa de ações do Governo Federal para socorrer as vítimas da seca e cobrávamos providências para se fazer funcionar, na plenitude, os perímetros irrigados existentes no Estado, além de cobrar a efetivação do projeto de transposição de águas do Rio São Francisco. Landim era um dos maiores entusiastas deste projeto e da Transnordestina, como ele destacou ontem. Hoje, porém, decepcionado com o curso das obras, tem sido um dos que mais reclamam do Governo e do Ministério da Integração, ao ponto de em um determinado momento ter sido áspero, como devem ser todos os que querem melhorias para o Estado, até mesmo com o ministro Fernando Bezerra, um dos quadros do mesmo partido que integra, o PSB, principal responsável por tocar as obras questionadas pagando a dívida com os cearenses .