O procedimento de outorgas ao direito de uso de recursos hídricos e a alta demanda de água destinada para o agronegócio foram algumas das críticas levantadas ontem em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa. “Entendemos que há um problema de estiagem, mas também de gestão”, avaliou o deputado Renato Roseno (Psol), que propôs a audiência.
“A gente vê as prioridades quando anda, por exemplo, na Chapada do Apodi, e não vê crise no agronegócio nestes anos de seca”, denunciou Lurdes Vicente, representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
O prefeito de Jaguaribara, Francini Guedes, voltou a lamentar a morte de 2,6 mil toneladas de peixes no açude Castanhão. O prejuízo, estima, ultrapassa R$ 14 milhões. A deputada Dra. Silvana (PMDB) sugeriu audiência com o Banco do Nordeste (BNB) para pedir anistia das dívidas dos produtores de peixes no município.
Sobre o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), uma das obras mais criticadas na audiência, o diretor de Planejamento da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Ubirajara Patrício, afirmou que o Governo está analisando o tratamento dos efluentes como alternativa de atendimento.