Agenor Neto foi um dos cinco do PMDB a tratar do tema na tribuna, enquanto a base, liderada por Evandro Leitão, pouco rebateu
FOTO: JOSÉ LEOMAR
Em sua primeira estratégia para garantir unidade, o PMDB dominou os pronunciamentos dos trabalhos do dia de ontem, na Assembleia Legislativa do Ceará, enquanto a base aliada ficou recuada quase que durante toda a sessão ordinária. Os peemedebistas subiram à tribuna para criticar, mais uma vez, a situação da Saúde no Estado. Já o líder governista, Evandro Leitão (PDT), afirmou que o Governo do Estado deve encaminhar para a Casa, nos próximos dias, um plano de melhorias para a área.
Alguns parlamentares governistas disseram que pouco havia para ser dito pela base, uma vez que a situação da Saúde no Estado, assim como em todo o País, é crítica. Segundo eles, esse teria sido o principal motivo da inércia diante das críticas feitas pela oposição durante todo o dia de ontem. Dos seis inscritos que se pronunciaram no Primeiro Expediente, cinco trataram sobre o tema, todos eles do PMDB.
O partido vai se organizar, a partir dessa semana, para fazer uso da tribuna da Casa todos os dias, buscando uma unidade entre os termos abordados na Casa Legislativa. Existe, inclusive, uma escala de participação nos debates propostos.
A base governista, até o momento, não conseguiu se unir em torno da defesa da gestão de Camilo Santana. Na sessão de ontem, fizeram defesa do Governo apenas a liderança da base aliada e deputados do PT, partido do atual governador.
Vice-presidente da comissão de Seguridade e Saúde da Assembleia Legislativa, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) afirmou que "há algumas coisas que não se têm como defender, tem que ter o bom senso". Segundo ele, houve êxitos na gestão da Saúde no Ceará, mas há também problema. O parlamentar justificou que a base aguarda o envio, por parte do governador, de um plano da saúde estadual.
Problema
Augusta Brito (PCdoB) chegou a concordar com a oposição e disse que o problema é real. "Estou esperando que alguns pontos sejam debatidos, mas é a verdade, não tem como fugir", disse.
O petista Moisés Brás afirmou que a área da Saúde no Ceará, assim como em nível nacional, tem muitos problemas e destacou que os pontos apresentados pelos oposicionistas devem demandar maior atenção por parte do Governo para que ele apresente mais recursos para enfrentar os problemas que vêm sendo apresentados diariamente.
Ele, no entanto, justificou o silêncio dos aliados, afirmando que não passou de uma estratégia da base governista que teria ouvido os reclames dos opositores para que na sessão ordinária de hoje os aliados "dominem" o debate apresentando números e propostas para a área.
O líder do Governo, Evandro Leitão (PDT) também reconheceu que o problema é real, mas ressaltou que o governador Camilo Santana está se articulando na elaboração de um plano emergencial para a saúde.
Líder do PMDB na Assembleia, Audic Mota (PMDB) afirmou que passados os primeiros 90 dias da gestão, o partido resolveu engrenar e se unir, o que redundou na ação de articular a participação de todos na tribuna da Casa. Segundo o parlamentar, a base governista não conseguiu fazer a defesa.