Adail Carneiro pontuou que foi detectada grande queda no número de trabalhadores
FOTO: ALEX COSTA
A comissão externa para acompanhar as obras de Transposição do Rio São Francisco deve ouvir, nesta semana, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, sobre os andamentos da intervenção em cada um dos estados beneficiados com o equipamento. O colegiado, agora composto por 13 membros, sendo quatro do Ceará, acredita que falta coordenação e interação entre ministérios e municípios.
O deputado Adail Carneiro (PHS) é um dos membros do grupo, e segundo ele, os trabalhos têm avançado, com algumas deliberações a serem feitas no futuro, como as visitas in loco a cada um dos estados envolvidos, partindo da nascente, em Minas Gerais. Segundo o parlamentar, as primeiras informações colhidas pela comissão dão conta de que houve uma diminuição expressiva na quantidade de funcionários das empreiteiras, devido a muitas delas estarem envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras.
"Nós sabemos que vários trechos estão parados exatamente por conta das empreiteiras estarem envolvidas, com bens bloqueados na Operação Lava-jato. Por conta disso, não há condições de haver continuidade das obras. Já ouvimos representantes do meio ambiente, e agora nos preparamos para ouvir o Ministério da Integração Nacional", explicou.
Vitor Valim (PMDB) e Macedo (PSL) são integrantes do Estado no grupo. Macedo foi incluído recentemente, devido à proporcionalidade de representantes dos estados. O peemedebista Vitor Valim afirmou que uma série de requerimentos já foi aprovado e salientou que foi detectado que, dos 10 mil trabalhadores do início das obras, atualmente só existem dois mil.
Nas reuniões anteriores, o encontro foi realizado com integrantes da Agencia Nacional de Águas (ANA) e membros do Ministério do Meio Ambiente.
O debate, segundo os parlamentares, deixou mais dúvida em relação ao projeto inicial, pois ao longo da preparação da proposta há uma reformulação de seu conceito, levando até a Chesf a ter que participar da pactuação da vazão da água liberada a partir de Sergipe.
Desentendimento
A comissão também percebeu que há desentendimento na coordenação do projeto, visto que, em 2006, a Codevasf ficou de realizar tal coordenação com a constituição de um grupo, mas não foi efetivado. Outro questionamento que será feito ao ministro vai esclarecer o fato de o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) não estar à frente da coordenação.