Política
Liturgia do cargo
O governador Camilo Santana talvez por simplicidade ou mesmo desinformação, tem protagonizado atos como Chefe do Poder Executivo cearense a dividir opiniões, não apenas entre "coleguinhas da imprensa" - como assim chamava o ex-governador Virgílio Távora os jornalistas - mas sobretudo à opinião pública. Primeiro, foi no dia de sua posse. Como manda o protocolo, o governador eleito é obrigado a passar em Revista a Tropa com a Banda de Música da Polícia Militar a executar o Hino do Ceará no Pátio da Assembleia Legislativa. Camilo num gesto despretensioso e sem que alguém, seja do cerimonial do Palácio da Abolição, até mesmo da Assembleia Legislativa, o tenha advertido, caminhou com o filho nos braços como se estivesse passeando na Disney. Já semana passada quase foi barrado pelos seguranças do Palácio ao chegar de tênis - não seria "Fanabor" ? - calça jeans desbotada e mochila nas costas. Não teria ainda caído a ficha do jovem Camilo Santana de que "existe a liturgia do cargo", como bem o definiu o ex-senador e ex-presidente da República, José Sarney? Ou seu ego está ainda impregnado de quando foi prefeito de Barbalha, terra natal do nosso colega Edilmar Norões? Trata-se do mandatário maior do Estado e eleito pelo povo cearense.
Pré-carnaval