Segundo ela, a ação visa fortalecer a escola como campo privilegiado para a reflexão e a superação das diferentes formas de violência contra a mulher. Para a parlamentar, as crianças e os jovens que vivenciam essas experiências no seu dia a dia tornam-se vítimas dessa situação. Conforme especialistas, meninos e meninas podem sofrer sequelas físicas e psicológicas semelhantes às da própria pessoa agredida, desde ansiedade e depressão até dificuldades de aprendizagem, por exemplo. “Esse cenário também pode reproduzir e promover a cultura da violência”, argumentou.

Ao citar uma pesquisa recente coordenada pelo sociólogo Júlio Jacobo Waiselfisz, a parlamentar informou que a taxa de homicídios no Brasil ficou em torno de 4,4 vítimas para cada 100 mil mulheres. O índice de vítimas femininas atendidas pelo SUS que sofreram ataque em suas próprias casas chega a 69%.

Conforme Fernanda Pessoa, a iniciativa é da Rede de Desenvolvimento Humano (Redeh) e do Instituto Magna Mater (IMM), em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), do Governo Federal, do Instituto Avon e conta com o apoio da Fundação Ford. No Ceará, tem o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação e da Coordenadoria de Políticas Públicas para a Mulher e da Assembleia Legislativa. Este ano, a mesma campanha acontecerá em todos os estados e no Distrito Federal.
LS/AT