A esposa do ex-deputado federal Moroni Torgan (DEM), Rosa Torgan, foi nomeada para cargo comissionado na Prefeitura de Fortaleza, como integrante da chamada Assessoria de Integração de Políticas Públicas e com salário de R$ 7,5 mil. Moroni foi candidato nas eleições de 2012, mas, após derrota no 1º turno, apoiou Roberto Cláudio (Pros) no 2º turno.
A assessoria para a qual Rosa Torgan foi nomeada no início de novembro faz parte da estrutura administrativa da Secretaria de Governo (Segov), mas o expediente é cumprido no gabinete da primeira-dama – órgão criado na atual gestão.
De acordo com a assessoria da Prefeitura, a esposa de Moroni trabalha no mapeamento das ações do Município voltadas para crianças de 0 a 6 anos, fazendo contato com secretarias da Prefeitura e montando planilha que, de acordo com a gestão, será usada para ajudar a “garantir os direitos do público infantil”. O próximo passo será mapear ações de outras entidades.
Questionada se o salário é compatível com a atribuição, a Prefeitura informou que, na hierarquia do gabinete, Rosa está exatamente abaixo do posto da primeira-dama, Carol Bezerra, e ficará responsável por montar a “rede da infância”. A formação dessa rede seria a principal tarefa da “pasta”, que não possui orçamento próprio e funciona com pessoal cedido por outros órgãos da Prefeitura. A esposa do prefeito não recebe salário.
Rosa não é a primeira parente de aliados a ser nomeada na Prefeitura. Conforme O POVO publicou em janeiro, a relação inclui, entre outros, Paulo Gomes (Regional I), sobrinho do deputado estadual Tin Gomes (PHS), Renan Colares (Planejamento), filho do deputado Fernando Hugo (PSDB), e Giordanny Conrado (Funcet), genro do deputado Ely Aguiar (PSDC). À época, RC defendeu as indicações: “Quero gente qualificada e competente. Se por ventura essas pessoas têm alguma filiação partidária, faz parte da política”. No fim da tarde de ontem, O POVO tentou contato com Rosa, mas ela não foi localizada. (Hébely Rebouças)