Ao contrário da polidez pública com que o governador Cid Gomes (PSB) tem tratado a cúpula nacional do partido em meio à crise interna, seu irmão Ciro Gomes (PSB) não fez a menor questão de esconder indignação contra o presidente da sigla, Eduardo Campos.
“Acho tudo lamentável! Não precisava descambar para o acanalhamento definitivo. Ele deveria ter o mínimo de compostura. Eduardo Campos sabe que me deve em termos de correção moral, de decência. Eu ainda uso uma palavra antiga, démodé, que eu continuo valorizando: lealdade”, criticou Ciro Gomes, em entrevista ao portal Último Segundo.
As queixas do irmão de Cid, secretário da Saúde do Ceará, referem-se à pressão de Campos pela saída do grupo cidista diante da resistência do cearense em abraçar a provável candidatura própria do PSB à Presidência da República. Cid defende a reeleição de Dilma Rousseff (PT).
Ciro estava em Brasília ontem, mas não participou da reunião da executiva nacional do PSB e nem acompanhou o prefeito Roberto Cláudio e o presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque, na conversa com Campos. Ele afirmou que seguirá o irmão na decisão de sair do partido. “O que ele fizer, eu também vou fazer”, garantiu. (Hébely Rebouças)