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Refinaria frustra, e cerca fica só para setembro - QR Code Friendly
Terça, 20 Agosto 2013 05:36

Refinaria frustra, e cerca fica só para setembro

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  Apesar de contratado, o cercamento do terreno da refinaria nada garante, já que a Petrobras nada afirma Promessas do ex-presidente Lula, da presidente Dilma Rousseff, pressão popular e de parlamentares cearenses e o desabafo recente do governador Cid Gomes, de que estaria "chateado" com o silêncio da Petrobras em relação à implantação da refinaria de petróleo Premium II, no Ceará, ainda não foram suficientes para fazer a estatal petrolífera se decidir sobre o empreendimento no Estado. Nem mesmo o anúncio do resultado dos estudos de viabilidade econômica do negócio, prometido pela presidente da Petrobras, Graça Foster, para o fim de julho último, se concretizou.Sem uma palavra oficial da instituição e diante das reiteradas promessas - sempre em período que antecede as eleições presidenciais, cresce o sentimento na população - já sinalizado por funcionários da própria estatal, de que, no ano que vem, algo deverá ser novamente anunciado, para "alento" dos eleitores. Por enquanto, de concreto apenas, a construção do cercamento do terreno de 1.954 hectares, cedido pelo governo do Estado, à Petrobras, nas divisas dos municípios de Caucaia e São Gonçalo do Amarante. Cobranças As reclamações à postura da Petrobras relativas à refinaria partem de todos os flancos. De parlamentares federais, estaduais, de empresários e até de representantes do governo estadual. "A refinaria só depende agora da Petrobras", reitera o presidente do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Cede), Alexandre Pereira. Conforme explica, além de toda infraestrutura e do terreno, o governo do Estado já apontou um parceiro econômico em potencial, a empresa coreana GS Energy (GSE), que estaria disposta a participar com até 50% dos investimentos para implantação da refinaria. "Eles (coreanos) já assinaram inclusive uma carta de intenções", informou. O deputado federal Danilo Forte (PMDB-CE) também cobra "ação mais positiva" da Estatal. Para ele, "o discurso da Petrobras está dissociado da prática". Neste momento de disparada do dólar, o deputado Estadual, José Albuquerque (PSB-CE), é outro que alerta para os prejuízos crescentes na balança comercial do País, com a importação de combustível, sobretudo gasolina, por falta de refinarias. Pressão política Todos reconhecem que falta pressão política, tanto por parte dos deputados e senadores e até mesmo do governo do Estado, sobre a presidente Dilma Roussef, para que o empreendimento seja efetivado. "Devemos cobrar mais de nossos parlamentares", sinaliza Alexandre Pereira, enquanto Danilo Forte reconhece que "falta uma ação mais proativa sob o ponto de vista político". "O governador Cid Gomes precisa estar mais presente", declarou, cobrando mais ação da base aliada do governo Dilma, em defesa da Premium. Cercamento Sob a responsabilidade da empresa cearense Simmer Construções e Montagem, o cercamento da área, numa extensão linear de 43 quilômetros, deverá ser iniciada em setembro próximo. Orçada em R$ 8,1 milhões, em licitação pública realizada em janeiro deste ano, a obra só obteve ordem de serviço, em julho. Em fase de montagem do canteiro de obras e com os estudos de captura de animais e de catalogação da flora realizados, o trabalho de cercamento será realizado, por 45 operários. Com dois metros de altura, a cerca será feita com telas galvanizadas, ancoradas com estacas de cimento. Apesar do "pedido" de confidencialidade, feito pela Petrobras à empresa vencedora da licitação, a reportagem apurou que biólogos e veterinários deverão acompanhar a operação, que deve levar cerca de oito meses, já considerando a possibilidade de chuvas no início do ano que vem. "2014 será ano de eleição, ano em que as obras andam mais rápido", revela a fonte, que pede para não ser identificada. Questionada mais uma vez sobre os estudos relativos à refinaria, a Petrobras responde apenas "que não vai comentar". OPINIÃO DO ESPECIALISTA Frustração e prejuízos Há uma grande frustração. A impressão que se tem é que a Petrobras não vai começar a construção da refinaria tão cedo quanto nós esperávamos, já que a presidente da estatal não deu nenhum prazo verdadeiro para o início das obras. Além disso, há também a situação financeira atual da Petrobras. Não sabemos se o Brasil vai optar nos próximos anos mais pela importação de combustível ou pelo refino. Toda essa expectativa pelo empreendimento tem trazido prejuízos ao Estado. O governo já gastou muitos recursos no terreno destinado à refinaria. Além do investimento financeiro, o governo também já não vai poder utilizar essa área para outros empreendimentos. Se tiver alguma empresa interessada em se instalar naquela área, não vai poder ficar nesse terreno que, hoje, está parado. Além dos danos ao Estado, essa expectativa tão longa por um projeto que não sai do papel também é prejudicial à iniciativa privada. Empresas interessadas em se instalar no Ceará junto com a refinaria também apenas esperam a chegada efetiva do empreendimento, que, alguns anos atrás, nós esperávamos que ficasse pronta até o próximo ano ou pouco depois - o que, lamentavelmente, não vai acontecer. Fernando Castelo BrancoEconomista
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