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Deputados que também são médicos protestam - QR Code Friendly
Quarta, 10 Julho 2013 05:14

Deputados que também são médicos protestam

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Deputados e servidores de pé, em homenagem póstuma ao ex-deputado Fiúza Gomes, motivo de não ter havido sessão ontem na AL Deputados e servidores de pé, em homenagem póstuma ao ex-deputado Fiúza Gomes, motivo de não ter havido sessão ontem na AL FOTO: JL. ROSA
  Todos os discursos que estavam previstos para ontem foram adiados para hoje no plenário da Assembleia Legislativa Nem mesmo o levantamento da sessão ordinária de ontem da assembleia Legislativa, em razão da morte do ex-deputado Fiúza Gomes, no último domingo, impediu alguns deputados de repudiarem a medida anunciada pela presidente Dilma Rousseff, de aumentar, de 6 para 8 anos, o tempo de duração dos cursos de Medicina, a partir de 2015, para que os estudantes possam atuar na atenção básica da rede pública, nos últimos dois anos do curso. Muitos parlamentares criticaram a proposta, defendendo mais investimentos nas condições de trabalho como solução para a falta de médicos em áreas carentes.A proposta apresentada por Dilma na última segunda-feira está prevista na Medida Provisória que será apreciada pelo Congresso Nacional, nos próximos meses, instituindo o programa "Mais Médicos". Conforme anunciado, durante os dois últimos anos do curso, os estudantes vão permanecer vinculados às instituições de ensino, entretanto, custeados, por meio de bolsa do Governo Federal, com autorização provisória para exercício da Medicina. Somente após os dois anos de atuação em um serviço de atenção básica e de urgência e emergência, o profissional poderá ter o seu registro definitivo. Para a deputada Dra. Silvana (PMDB), que é médica, essa é uma medida "antipática" e não resolve o problema da falta de profissionais no interior. "Já achava antipático ela (Dilma) trazer os médicos (estrangeiros) sem o Revalida, agora ela ainda acorrenta todos os futuros profissionais médicos a se obrigarem a passar dois anos atendendo pelos SUS. Acho que é peito demais", dispara. Estabilidade Outra medida, acrescenta, seria criar a carreira de médico de Estado. De acordo com Dra. Silvana, isso também atrairia profissionais para o Interior, principalmente, porque eles teriam a garantia de estabilidade na profissão. "O que faz um juiz ir para o Interior? Será que é por que adora o Interior, adora as matas, as selvas? Não é, não. É porque ele está garantido. Ele não está na mão da política local do interior como os médicos ficam atualmente", comenta. Para a deputada, a medida anunciada é como "tentar botar um ´band-aid´ em cima de uma ferida sangrando". O deputado e também médico Fernando Hugo (PSDB), por sua vez, avalia a proposta como "insensata" e "esquizofrênica". "Como (os estudantes de Medicina) vão trabalhar em urgência e emergência e no Programa de Saúde da Família (PSF), sem poder receitar, solicitar exames, fazer atestados médicos, atestados de óbitos? Eles não podem exercer nenhum ato médico, porque não são formados", critica, lembrando que a medida está totalmente dissociada do que prega o Conselho Federal de Medicina, que já de declarou ser contra a proposta. Para o tucano, o correto seria o Governo Federal investir na melhoria do Orçamento destinado às faculdades públicas de Medicina e aos grandes hospitais escolas e ampliar, por conta própria, para 10%, a porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) destinado a saúde, melhorando, assim, a qualidade dos ambulatórios, postos de saúde e hospitais. Autor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prevê a criação da carreira de médico de Estado no Ceará, ele defende a aprovação da matéria, alegando que a carreira de médico trará estabilidade ao profissional. Membro da base aliada, o deputado Perboyre Diógenes (PMDB), que também é médico, avalia a medida como "vazia" e "populista". Para o peemedebista, o problema da saúde não é a falta de médicos, mas, sim, de recursos para investimento na área. "Acho um absurdo. Ninguém vai aprender nada numa saúde básica dessas. Ela tem é que melhorar e ampliar as residências", diz. Já o deputado e médico Antônio Granja (PSB) defende que a decisão deve ser amplamente debatida antes de ser posta em prática e não "uma coisa de cima para baixo".
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