Enquanto Welington Landim cobrou rapidez na Transposição, petistas defenderam o Governo Federal O deputado Welington Landim (PSB) se mostrou, mais uma vez, preocupado com a situação em que se encontram as obras da Transposição do Rio São Francisco. O pessebista chegou a fazer críticas ao Governo Federal pela burocracia no combate aos efeitos da seca no Ceará, afirmando temer que o próximo gestor não dê prioridade para tal intervenção que beneficiará milhões de nordestinos. De acordo com Landim, o Eixo Norte das obras de Transposição, que deveria estar pronto entre maio e junho do ano passado, ainda se encontra em atraso, tendo o edital de licitação sido lançado cinco vezes, além de três anos de discussão. Segundo o parlamentar, é necessário que os Governos Federal e Estadual e o Ministério da Integração deem prioridade a esta obra no Ceará, porque em Pernambuco cerca de 85% da obra está executada. No Ceará, aproximadamente 50% da obra foi executada e, segundo Landim, caso fosse concluída, a água passaria pelo Cariri e desceria ao Castanhão, beneficiando também Rio Grande do Norte e Paraíba. O deputado se comprometeu a levar ao Ministério da Integração Nacional a reivindicação de que a Transposição seja prioridade e prometeu cobrar da bancada federal do Nordeste união para pressionar o Governo Federal. O deputado garantiu ainda que solicitará maior urgência para ações como abastecimento por carros-pipa, além da melhoria da água daqueles municípios que tenham sido mais afetados pela seca. O pessebista questionou algumas obras que têm tido prioridade por parte do Governo Federal, como viadutos e estradas, enquanto pessoas e animais não têm água para beber. Já a petista Rachel Marques (PT) apresentou ações promovidas pelo Governo Federal em conjunto com o governador Cid Gomes para melhorar a vida da população que vive no semiárido do Brasil. De acordo com a deputada, a situação será amenizada com a conclusão da Transposição do Rio São Francisco e o Cinturão das Águas. Migrações "Para a Transposição, a gente já está chegando a quase 50% das obras para garantir que a água chegue ao Ceará. Não estamos vendo, hoje, pessoas morrendo ou grandes migrações, porque ações governamentais estão acontecendo", afirmou Marques, acrescentando que o projeto está se adequando às demandas de ambientalistas e movimentos sociais. Raquel lembrou que em abril a presidente Dilma se reunirá, em Fortaleza, com os governadores da região do semiárido para tratar de soluções para a seca. Por sua vez, o deputado Antônio Carlos chamou de contraditórios os discursos dos parlamentares da oposição e afirmou que a maioria das ações de combate à seca advêm do Governo Federal.