Alexandre Pereira (centro) não confirma definição, mas ressalta que PPS estará na Prefeitura e no Estado e admite virar secretário
FOTO: ANDRÉ SALGADO
A fastado de cargos públicos no âmbito local, estadual e nacional desde que a família Ferreira Gomes deixou o partido para ingressar no PSB, o PPS voltará a ocupar espaços nas administrações de Fortaleza e do Governo do Estado. O POVO apurou que, no mandato de Roberto Cláudio (PSB), o PPS deverá comandar a nova Agência de Desenvolvimento Econômico, ainda a ser criada e já anunciada pelo prefeito eleito. Fonte ligada à cúpula do partido confirmou que já foi dada a sinalização de que o PPS comandará a agência.
O presidente estadual da sigla, Alexandre Pereira, que participou no último sábado de encontro do partido na Assembleia Legislativa, não confirmou a secretaria, mas garantiu que o prefeito eleito havia prometido vaga para o PPS no primeiro escalão de seu governo.
Hoje, Alexandre deve se reunir com Roberto Cláudio para definir a participação da sigla no governo do PSB na Capital. “Há possibilidade de ser eu um dos secretários”, apontou Pereira, ao ressaltar que Roberto Cláudio já conhece o seu perfil e a sua atuação “nas áreas empresarial e administrativa”. Ele acrescentou que outros quadros do partido também poderão contribuir na gestão.
Alexandre justificou a participação do PPS em ambos os governos. “Estaremos apoiando o PSB de Cid e de Roberto, porque o governador está fazendo um excelente mandato e porque decidimos entrar de corpo e alma na campanha de Roberto no segundo turno, por mais magoados que estivéssemos com o resultado do primeiro turno das eleições em Fortaleza”.
ReaproximaçãoA presença do PPS nas administrações de Cid e de Roberto Cláudio representa a reaproximação dos Ferreira Gomes com a legenda. Em 2005, os irmãos Cid e Ciro Gomes deixaram o partido, depois de briga com o ainda hoje presidente nacional da sigla, Roberto Freire. Na época, o diretório estadual, presidido por Cid, chegou a ser dissolvido. Quando
ENTENDA A NOTÍCIA
Até 2005, o PPS tinha cargos nas gestões Luizianne Lins, em Fortaleza, Lúcio Alcântara, no Ceará, e Ciro Gomes era ministro de Lula. A saída da família Ferreira Gomes para o PSB deixou o partido sem representação.