Os vereadores do PSB e aliados, como o PMDB, já estão trabalhando para levar o maior número de parlamentares para a base aliada do prefeito eleito, Roberto Cláudio. Durante a manhã de ontem, na Câmara Municipal, muitas foram as conversas entre apoiadores do socialista com aqueles que ficaram na trincheira oposta durante as eleições. O PT, no entanto, ainda não decidiu se será oposição ou base aliada, mas os petistas dizem que não se sentem representados pelos projetos do novo gestor. Para o líder do Partido dos Trabalhadores, vereador Guilherme Sampaio, a legenda não se sente representada no projeto apresentado pelo novo gestor da Capital, lembrando que a corrente do PSB ligada ao governador Cid Gomes (presidente estadual da sigla pessebista) não tem como prioridade a gestão participativa. No discurso do petista ainda é presente o sentimento de que a campanha feita por Roberto Cláudio foi cheia de irregularidades, que segundo ele, estão sendo avaliadas pela assessoria jurídica do PT. O vereador Salmito Filho (PSB) é outro que está procurando diálogo com seus pares na Casa Legislativa para conseguir aglutinar o maior número possível de apoiadores para a gestão de Roberto Cláudio. "Agora temos que ter humildade e capacidade de diálogo para conversar com todos para conhecerem cada vez mais o programa de nosso prefeito eleito, para engajar e construir uma grande base", disse ele, lembrando que o apoio do PT será muito importante durante os próximos quatro anos de gestão pessebista. Aglutinar "Claro que esse apoio é importante. Somos aliados em nível federal e estadual, e por que não seremos em nível municipal? O prefeito Roberto Cláudio deixou claro que vai procurar aglutinar todas as boas ideias de todos os candidatos, inclusive, as do Elmano de Freitas", salientou Salmito Filho. Já o presidente do Legislativo Municipal, Acrísio Sena (PT), disse que seu partido não se sente representado pelo projeto do PSB para Fortaleza. No entanto, frisou que o PT ainda vai realizar uma avaliação com sua bancada, para em seguida, juntar toda a executiva petista para traçar as metas de futuro do partido. "Nós ainda estamos terminando o processo que está muito recente e temos que dar uma parada, fazer as avaliações, trazer o posicionamento dos parlamentares. Mas é importante que o PT realize seu encontro, tire a resolução política de como vamos atuar, a partir de 2013. Mas ficou claro para nós que são dois projetos distintos", afirmou o presidente da Câmara.