Um dos definidores para o aeroporto de Fortaleza ter ou não sua administração passada para empresas privadas é a captação do hub da TAM
FOTO: VIVIANE PINHEIRO
O Aeroporto Internacional Pinto Martins poderá ter sua administração concedida à iniciativa privada. O novo pacote de concessões do governo federal, que deverá ser lançado nos próximos dias, incluirá os terminais aeroportuários de Salvador, Florianópolis e Porto Alegre e, agora, há rumores de que um quarto poderá ser acrescentado, a ser definido entre os aeroportos de Fortaleza e Recife (PE).
A informação, obtida por meio de assessores presidenciais, foi divulgada ontem pelo jornal Folha de São Paulo. Conforme publicou o periódico, a decisão para inclusão de um novo aeroporto foi tomada pela própria presidente Dilma Rousseff, que teria feito essa determinação à sua equipe.
Hub será decisivo
A decisão entre os dois terminais vai depender das negociações que a companhia aérea TAM está fazendo com os governos estaduais destes estados para definir um hub aéreo na região, que será um ponto de distribuição de voos nacionais e internacionais. A companhia cogita os aeroportos de Fortaleza, Recife e ainda o de Natal, que não chegou a ser citado pelas fontes ouvidas pela reportagem da Folha.
Procurada pelo Diário do Nordeste, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que oficialmente a secretaria está trabalhando apenas com três aeroportos no programa. Os três terminais já foram citados anteriormente pelo ministro da pasta, Eliseu Padilha, e nenhum está localizado no Nordeste.
Ministro descarta boato
A Agência Estado também teve acesso ao ministro e informou que ele descartou a entrada de novos terminais no programa de concessões a ser lançado em breve. "É coisa para o futuro, não agora", disse Padilha, conforme publicou o periódico.
A justificativa para este número de aeroportos foi dada pelo ministro em audiência na Câmara. Segundo ele, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), como acionista das concessões de aeroportos, também tem que aportar capital nos novos projetos. Por conta disso, o aumento no número de concessões acarretaria mais custos à estatal.
"Por que temos as três concessões? Porque, dessa forma, o plano de reestruturação da Infraero fica de pé. Ela poderá ter recursos próprios e ser competitiva", defendeu ele, de acordo com o publicado pela Agência Estado.
Estado
O Governo do Estado do Ceará, que vem na disputa pelo hub da TAM, afirmou, através de sua assessoria de imprensa, que não irá se pronunciar sobre essa possibilidade de concessão do aeroporto internacional de Fortaleza, nem sobre os avanços nas negociações com a TAM.
No último dia 30 de abril, o governador Camilo Santana se reuniu, em São Paulo, com a presidenta da TAM, Cláudia Sender, e diretores da empresa aérea, para tratar da possível instalação do hub da companhia na capital cearense.
Também estavam presentes ao encontro o prefeito de Fortaleza, Roberto Claudio, o presidente da Assembleia Legislativa, Zezinho Albuquerque, e os secretários Arialdo Pinho (Turismo) e Mauro Filho (Fazenda).
Sérgio de SousaRepórter